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Tecnologia
Quarta - 08 de Fevereiro de 2006 às 15:07

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Londres - Cerca de 600 websites dinamarqueses e mais de mil sites israelenses e de outros países ocidentais foram atacados por hackers islâmicos em protesto contra as polêmicas charges satirizando o profeta Maomé, segundo a empresa de monitoramento online Zone-H. Os ataques geralmente substituem as páginas originais por mensagens pró-islâmicas e condenam a publicação das caricaturas.

A Zone-H afirma que os ataques vêm sendo feitos tanto por grupos como por indivíduos. As mensagens também variam de moderadas até aquelas que pedem uma resposta violenta às charges.

"Nunca vimos tantos ataques politicamente motivados em um espaço de tempo tão curto", disse o fundador e administrador da Zone-H, Roberto Preatoni. "O que é extraordinário nesse caso foi a rapidez com que a comunidade se mobilizou."

Preatoni diz que, monitorando canais de bate-papo online de hackers, verificou-se que grupos em países diversos se uniram para tornar os ataques mais eficientes. Os grupos envolvidos vêm da Turquia, Arábia Saudita, Omã e Indonésia. Muitos deles já eram conhecidos, mas outros emergiram recentemente, durante os ataques.

Ainda segundo a Zone-H, o conceito de "Nação Islâmica" nunca foi tão "digitalmente claro" como hoje. "Na verdade, trata-se de uma União Islâmica historicamente sem fronteiras e distante das amarras governamentais", diz o site em reportagem sobre os ataques hackers.

Em um dos ataques identificados pela Zone-H, o hacker "DarlBlood" incita o boicote de produtos dinamrqueses pela comunidade islâmica, apontando para o site www.no4Denmark.com. Mas muitos cyber-manifestantes apelaram para estratégias mais violentas. Até ameaças de ataques suicidas foram encontradas, como as postadas em um fórum dinamarquês por um grupo que se autodenomina "Brigadas Islâmicas da Internet".





Fonte: BBC Brasil

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