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Tecnologia
Quarta - 08 de Fevereiro de 2006 às 07:05

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A Microsoft tornou disponível para download, no final de janeiro, a segunda versão de testes do Internet Explorer 7, antes exclusiva para um seleto grupo de desenvolvedores. O navegador melhorou bastante desde o primeiro beta, lançado juntamente com o Windows Vista e testado por Terra Tecnologia em outubro de 2005, mas continua devendo para os seus concorrentes.

Entre as duas versões testadas, o programa manteve a interface limpa, sobretudo em relação ao Internet Explorer 6. Tenta oferecer somente o básico necessário para a navegação: os botões de retroceder e avançar, a barra de endereços (com o botão de atualizar ao lado), uma ferramenta de busca (que sim, suporta o Google), atalhos para os favoritos, as abas e alguns botões novos.

Navegação por abas

A primeira novidade que dá vontade de testar é justamente a navegação por abas. O recurso pode parecer uma novidade para quem ainda não abandonou o Internet Explorer, mas já é "explorado" há bastante tempo pelos concorrentes, como o Firefox, o Opera e outros menos famosos. Consiste em abrir mais de uma página na mesma janela, de forma que elas fiquem organizadas como na barra de tarefas do Windows -¿ mas dentro do programa. A navegação por abas, que funcionava de forma meio tosca na versão beta 1, foi um dos items que melhoraram. Agora, já é possível abrir todos os endereços de uma pasta de Favoritos ao mesmo tempo, mas somente a partir do "Favorites Center", um módulo que pode ser acessado com o clique em uma estrelinha disponível na interface do programa.

Mas se o usuário estiver, por exemplo, com a barra de links aberta - por padrão, ela não aparece -, não poderá abrir múltiplas páginas. Também não é possível fechar uma das abas, diretamente, sem estar com ela ativada. São pequenas melhorias, disponíveis em alguns dos rivais, que podem aparecer na versão final do Internet Explorer 7.

Por outro lado, o navegador ganhou um botão que exibe as miniaturas das páginas que estão abertas em abas. A novidade é realmente bastante funcional, já que permite ao usuário encontrar o endereço desejado rapidamente, mesmo que dezenas deles estejam abertos.

Leitor de RSS nativo

Conforme antecipado pela Microsoft, o Internet Explorer 7 ganhou suporte "de fábrica" ao RSS, o formato para recebimento automático de atualizações de sites e blogs. O funcionamento é similar ao do Firefox: uma espécie de Favoritos dinâmico. A empresa, inclusive, adotou oficialmente o ícone de RSS do concorrente alternativo, em substituição ao tradicional botão "XML" laranja.

Quando o usuário entra em um endereço que oferece RSS, o ícone fica ativado. Ele pode, então, apenas conferir as últimas atualizações ou assinar o "feed", como são chamados os canais de RSS, inclusive organizando-os em pastas. O problema é que, depois de sair da página, o internauta poderá acessar suas assinaturas somente a partir daquela mesma estrelinha dos Favoritos. Nada a ver.

Mas sempre tem o outro lado: além de atualizações por RSS, o Internet Explorer 7 permite receber podcasting. São arquivos de áudio e vídeo que chegam anexados aos feeds, são baixados automaticamente e podem ser transferidos para tocadores portáteis, como o iPod.



O leitor de RSS e o suporte ao podcasting são bem-vindos e funcionam muito bem, mas são destinados para quem usa tais ferramentas com pouca frequência. Aficionados por RSS, por exemplo, encontram softwares e serviços online com filtros, busca e muitos outros recursos.

Aditivos Os usuários irão estranhar a ausência, por padrão, do menu clássico, aquele onde aparece "Arquivo", "Editar" e assim por diante. Na verdade, ele pode ser "resgatado" a partir do das botão Tools e da seqüência de opções Toolbars > Classic Menu. O mesmo botão esconde outras surpresas: Uma das opções é Manage Add-ons. A janela que aparece é confusa, mas basta clicar no discreto link "Download new add-ons for Internet Explorer" para ter acesso a um acervo de dezenas de programinhas compatíveis com o navegador, alguns pagos. Apesar de similares às extensões do Firefox, parte dos softwares sequer precisa do IE para rodar.

O botão Tools também dá acesso rápido a uma opção que apaga o que está armazenado no Histórico, garantindo a privacidade do usuário, e a um aparentemente reforçado módulo de filtragem e bloqueio de sites falsos - aquelas imitações de páginas de bancos e lojas que servem para roubar dados pessoais e financeiros do usuário. É possível até denunciar um endereço.

Vale a pena?

O novo Internet Explorer é bastante superior à sexta versão. Além de mais moderno, ele está perceptivelmente mais rápido - mas nada que represente um avanço em relação ao Firefox e ao Opera. A própria visualização das páginas melhorou com a adoção de uma fonte mais suavizada, mas vale avisar que nem os sites funcionam bem com o navegador - e serão os webmasters que terão que adaptá-los ao programa, em vez do contrário.

Para aqueles que não aguentam esperar as versões finais para colocar as mãos nas novidades, dá para encarar o segundo beta. Apesar de estar disponível exclusivamente em inglês, ele funcionou sem problemas em versões do Windows XP no mesmo idioma e em português. Mas pode ser instalado somente em cópias autenticas do mesmo sistema operacional, e não em versões anteriores ou piratas.

Para os usuários menos ansiosos, vale aguardar - ou talvez experimentar alternativas ao Internet Explorer 6. É recomendável evitar esta sétima versão no caso do navegador ser necessário para o trabalho, como por exemplo, para abrir ferramentas de gerenciamento de conteúdo. Algumas empresas também reportaram falhas de segurança no Internet Explorer 7, mas isso não é novidade para quem está acostumado com o seu velho antecessor.




Fonte: Terra

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