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Formação do futuro Governo palestino passa pelo Cairo
O Estado Maior do movimento palestino Hamas escolheu o Cairo para realizar as negociações sobre a formação de um Governo palestino, no qual pensam em incluir "todas as tendências".
A reunião, com previsão de vários dias e cercada de segredos, tratará basicamente da inclusão de "todas as facções palestinas" no futuro Governo, disse Khaled Mechaal, chefe do escritório político do movimento e considerado "número um" da direção colegiada, ao chegar em Cairo.
O reconhecimento do Estado de Israel e as pressões do Egito neste sentido também estarão em pauta nas reuniões. Ismael Haniya, líder do Hamas em Gaza, negou categoricamente que existam essas pressões, em declarações à "Al Jazira".
Declarar Israel como Estado "não está nos planos do Hamas", segundo Moussa Abu Marzuq, vice-presidente do escritório político do Hamas.
Mas ele reconheceu que "tratar com Israel é imprescindível, já que (o Estado judeu) existe na realidade, (mas) o reconhecimento da legitimidade de Israel é uma coisa e sua existência real é outra".
Apesar das pressões da comunidade internacional neste sentido, o ponto principal da reunião em Cairo é a união das facções palestinas em um Governo do Hamas. As relações com o Estado judeu estão em segundo plano.
Embora o Fatah, a grande perdedora das eleições, se negue a fazer parte do Governo do Hamas, Abu Marzuq disse que não considera que o Fatah tenha rejeitado oficialmente entrar no Governo.
O objetivo do Hamas é abrir um diálogo com o Fatah em primeiro lugar, e depois com todas as outras facções.
O chefe do escritório político disse antes de começar suas reuniões que seu grupo contava com "todas as facções palestinas sem exceção" para a formação do Governo, fazendo referência ao Fatah, o partido que até agora tinha monopolizado o Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Os dirigentes do Fatah, que apareceram na TV com barbas feitas e sem gravata, e que estavam reunidos em hotéis mais luxuosos do que estavam acostumados, tinham previsto se reunir na tarde de hoje com Omar Suleiman, chefe dos serviços secretos egípcios.
Suleiman foi encarregado pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak, das relações egípcias com os palestinos, e inclusive - em alguns momentos - da mediação entre palestinos e israelenses, e é considerado um dos principais responsáveis pela trégua declarada de quase um ano pelo Hamas.
Alguns meios de comunicação atribuíram a Suleiman - um homem que quase nunca fala em público - as declarações que Egito pressionava o Hamas para reconhecer Israel e renunciar à violência, o que foi negado por Ismael Haniya.
Com relação a Israel, Abu Marzuq afirmou, por um lado, que não se pode reconhecer a legitimidade da ocupação, porque, para ele, quem reconheceu Israel foi a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e não o povo palestino.
Entretanto, mais adiante confirmou que o próximo Governo do Hamas respeitará os acordos assinados pela ANP com Israel, e lembrou que o Hamas respeitou uma trégua com Israel mais do que qualquer outra parte palestina, e mais inclusive que a própria ANP.
A reunião, com previsão de vários dias e cercada de segredos, tratará basicamente da inclusão de "todas as facções palestinas" no futuro Governo, disse Khaled Mechaal, chefe do escritório político do movimento e considerado "número um" da direção colegiada, ao chegar em Cairo.
O reconhecimento do Estado de Israel e as pressões do Egito neste sentido também estarão em pauta nas reuniões. Ismael Haniya, líder do Hamas em Gaza, negou categoricamente que existam essas pressões, em declarações à "Al Jazira".
Declarar Israel como Estado "não está nos planos do Hamas", segundo Moussa Abu Marzuq, vice-presidente do escritório político do Hamas.
Mas ele reconheceu que "tratar com Israel é imprescindível, já que (o Estado judeu) existe na realidade, (mas) o reconhecimento da legitimidade de Israel é uma coisa e sua existência real é outra".
Apesar das pressões da comunidade internacional neste sentido, o ponto principal da reunião em Cairo é a união das facções palestinas em um Governo do Hamas. As relações com o Estado judeu estão em segundo plano.
Embora o Fatah, a grande perdedora das eleições, se negue a fazer parte do Governo do Hamas, Abu Marzuq disse que não considera que o Fatah tenha rejeitado oficialmente entrar no Governo.
O objetivo do Hamas é abrir um diálogo com o Fatah em primeiro lugar, e depois com todas as outras facções.
O chefe do escritório político disse antes de começar suas reuniões que seu grupo contava com "todas as facções palestinas sem exceção" para a formação do Governo, fazendo referência ao Fatah, o partido que até agora tinha monopolizado o Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Os dirigentes do Fatah, que apareceram na TV com barbas feitas e sem gravata, e que estavam reunidos em hotéis mais luxuosos do que estavam acostumados, tinham previsto se reunir na tarde de hoje com Omar Suleiman, chefe dos serviços secretos egípcios.
Suleiman foi encarregado pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak, das relações egípcias com os palestinos, e inclusive - em alguns momentos - da mediação entre palestinos e israelenses, e é considerado um dos principais responsáveis pela trégua declarada de quase um ano pelo Hamas.
Alguns meios de comunicação atribuíram a Suleiman - um homem que quase nunca fala em público - as declarações que Egito pressionava o Hamas para reconhecer Israel e renunciar à violência, o que foi negado por Ismael Haniya.
Com relação a Israel, Abu Marzuq afirmou, por um lado, que não se pode reconhecer a legitimidade da ocupação, porque, para ele, quem reconheceu Israel foi a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e não o povo palestino.
Entretanto, mais adiante confirmou que o próximo Governo do Hamas respeitará os acordos assinados pela ANP com Israel, e lembrou que o Hamas respeitou uma trégua com Israel mais do que qualquer outra parte palestina, e mais inclusive que a própria ANP.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/320286/visualizar/
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