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Premiê interino diz que Israel não desistiu de Abbas
O primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, disse na segunda-feira que o país não pretende enfraquecer o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e que espera continuar cooperando com o líder moderado apesar da vitória do grupo islâmico Hamas nas eleições parlamentares.
"Não temos nenhum interesse em prejudicar o chefe da Autoridade Palestina, Abu Mazen (como também é conhecido Abbas)", afirmou Olmert. A Fatah, facção ligada ao presidente palestino, foi derrotada pelo Hamas no pleito de 25 de janeiro.
"Enquanto ele não cooperar com o Hamas e enquanto o governo palestino não tiver a participação do Hamas, continuaremos a cooperar com a Autoridade Palestina de forma cautelosa e responsável", afirmou o premiê.
Os comentários de Olmert coincidem com uma reportagem do jornal Haaretz, segundo a qual Abbas havia recentemente enviado emissários para dizer às autoridades israelenses que continuaria a ser o responsável pelos contatos diplomáticos com Israel apesar da vitória do grupo islâmico.
A publicação israelense disse que Abbas havia pedido ao Estado judaico que mantivesse o diálogo com ele.
O líder palestino aceitou firmar um cessar-fogo com Israel um ano atrás, mas o processo de paz continua paralisado em meio às exigências do governo israelense de que os palestinos desarmem os grupos militantes, conforme prevê o acordo de paz conhecido como "mapa do caminho" e patrocinado pelos EUA.
O Estado judaico também deixou de cumprir sua parte do acordo, entre as quais congelar a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada.
Em um discurso feito diante de empresários, em Tel Aviv, Olmert disse que Israel estava interessado em fortalecer os palestinos que "reconhecem o direito de Israel de viver sem terror, dentro de fronteiras seguras" — um aceno a Abbas.
No sábado, um líder do Hamas afirmou que o grupo militante esperava formar um governo palestino no final do mês depois de acertar com Abbas a convocação do novo Parlamento para o dia 16 de fevereiro.
Comentaristas de política sugerem que Abbas, eleito no ano passado e que continuará a ocupar o cargo de presidente, pode manter as negociações com Israel na qualidade de presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
"NOVA ESPERANÇA"
Olmert, que ameaçou dar prosseguimento à política de medidas unilaterais de Israel se não houver um parceiro para a paz, disse que o país deseja evitar "favorecer os extremistas" e perder a "chance que pode existir de uma nova esperança para os palestinos e os israelenses".
Essa é a justificativa para a decisão tomada no domingo, segundo o premiê, de transferir à Autoridade Palestina quase 55 milhões de dólares em impostos que Israel recolhe em nome dos palestinos.
O governo israelense reteve esse dinheiro depois da vitória do Hamas nas urnas. Os EUA pressionaram Israel a liberar os impostos, vitais para o funcionamento da economia palestina.
Olmert repetiu que a transferência pode ser suspensa se o Hamas ingressar em um governo palestino ou liderá-lo.
Ex-prefeito de Jerusalém, Olmert assumiu o cargo de primeiro-ministro depois de Ariel Sharon ter sofrido um grave derrame cerebral, no dia 4 de janeiro. Ele agora lidera o partido Kadima, fundado por Sharon e que, segundo pesquisas de opinião, deve vencer com facilidade as eleições gerais de 28 de março no país.
"Não temos nenhum interesse em prejudicar o chefe da Autoridade Palestina, Abu Mazen (como também é conhecido Abbas)", afirmou Olmert. A Fatah, facção ligada ao presidente palestino, foi derrotada pelo Hamas no pleito de 25 de janeiro.
"Enquanto ele não cooperar com o Hamas e enquanto o governo palestino não tiver a participação do Hamas, continuaremos a cooperar com a Autoridade Palestina de forma cautelosa e responsável", afirmou o premiê.
Os comentários de Olmert coincidem com uma reportagem do jornal Haaretz, segundo a qual Abbas havia recentemente enviado emissários para dizer às autoridades israelenses que continuaria a ser o responsável pelos contatos diplomáticos com Israel apesar da vitória do grupo islâmico.
A publicação israelense disse que Abbas havia pedido ao Estado judaico que mantivesse o diálogo com ele.
O líder palestino aceitou firmar um cessar-fogo com Israel um ano atrás, mas o processo de paz continua paralisado em meio às exigências do governo israelense de que os palestinos desarmem os grupos militantes, conforme prevê o acordo de paz conhecido como "mapa do caminho" e patrocinado pelos EUA.
O Estado judaico também deixou de cumprir sua parte do acordo, entre as quais congelar a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada.
Em um discurso feito diante de empresários, em Tel Aviv, Olmert disse que Israel estava interessado em fortalecer os palestinos que "reconhecem o direito de Israel de viver sem terror, dentro de fronteiras seguras" — um aceno a Abbas.
No sábado, um líder do Hamas afirmou que o grupo militante esperava formar um governo palestino no final do mês depois de acertar com Abbas a convocação do novo Parlamento para o dia 16 de fevereiro.
Comentaristas de política sugerem que Abbas, eleito no ano passado e que continuará a ocupar o cargo de presidente, pode manter as negociações com Israel na qualidade de presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
"NOVA ESPERANÇA"
Olmert, que ameaçou dar prosseguimento à política de medidas unilaterais de Israel se não houver um parceiro para a paz, disse que o país deseja evitar "favorecer os extremistas" e perder a "chance que pode existir de uma nova esperança para os palestinos e os israelenses".
Essa é a justificativa para a decisão tomada no domingo, segundo o premiê, de transferir à Autoridade Palestina quase 55 milhões de dólares em impostos que Israel recolhe em nome dos palestinos.
O governo israelense reteve esse dinheiro depois da vitória do Hamas nas urnas. Os EUA pressionaram Israel a liberar os impostos, vitais para o funcionamento da economia palestina.
Olmert repetiu que a transferência pode ser suspensa se o Hamas ingressar em um governo palestino ou liderá-lo.
Ex-prefeito de Jerusalém, Olmert assumiu o cargo de primeiro-ministro depois de Ariel Sharon ter sofrido um grave derrame cerebral, no dia 4 de janeiro. Ele agora lidera o partido Kadima, fundado por Sharon e que, segundo pesquisas de opinião, deve vencer com facilidade as eleições gerais de 28 de março no país.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/320508/visualizar/
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