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Internacional
Sábado - 04 de Fevereiro de 2006 às 15:43

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O ministro de Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, expressou hoje sua inquietação e sua condenação à reação do Irã ao envio do contencioso em relação ao programa nuclear do país ao Conselho de Segurança da ONU. Um alto funcionário do Governo Iraniano anunciou que Teerã retomará totalmente seu programa de enriquecimento de urânio e suspenderá sua colaboração voluntária com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no marco do Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação (TNP), pelo qual inspetores do organismo podem fazer visitas surpresa a instalações atômicas iranianas.

A dupla decisão de Teerã foi anunciada depois que o Conselho de Governadores da AIEA, reunido em Viena, adotou uma resolução que remete a controvérsia relativa ao programa nuclear iraniano ao Conselho de Segurança da ONU.

"Estou muito preocupado e inquieto por esta reação iraniana, que condeno", disse Douste-Blazy a emissoras francesas em Uganda, onde se encontra em visita.

O ministro argumentou que "era a ocasião para que os iranianos voltassem à razão" e suspendessem suas atividades nucleares sensíveis - ou seja, tanto a conversão como o enriquecimento de urânio - para "poder assim retomar as negociações".

Douste-Blazy acrescentou que a comunidade internacional lançou "uma mensagem muito firme, muito clara e o mais unida possível", já que a resolução teve apoio não só europeu e americano, mas também de russos e chineses.

A resolução da AIEA, que exige que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio, entre outros pontos, foi adotada por 27 votos a favor, três contra (Cuba, Venezuela e Síria), e cinco abstenções (Argélia, África do Sul, Indonésia, Líbia e Belarus).

França, Alemanha e Reino Unido (Tríade Européia) tinham pactuado em novembro de 2004 um acordo com o Irã no qual esse país aceitava suspender suas atividades nucleares sensíveis à espera de um acordo global de cooperação.

Entretanto, em agosto passado, Teerã rejeitou a oferta européia, que estava condicionada à renúncia do Irã em fabricar combustível nuclear, e retomou a conversão de urânio.



No mês passado, o Irã retirou os lacres sobre instalações de enriquecimento de urânio.




Fonte: EFE

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