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Internacional
Sábado - 04 de Fevereiro de 2006 às 15:32

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Cronologia dos principais eventos relacionados à crise nuclear iraniana: - Dezembro de 2002: Um canal de televisão americano divulga fotos por satélite de duas instalações nucleares iranianas desconhecidas até então: Arak e Natanz. Teerã aceita inspeções de analistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). - Fevereiro de 2003: O então presidente do Irã, Mohammad Khatami, assegura que seu país produzirá seu próprio combustível nuclear para seu programa atômico civil. Inspetores da AIEA começam a supervisionar as instalações nucleares.

- Junho de 2003: O diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei, diz que o Irã manteve aspectos de seu programa nuclear em segredo.

- Outubro de 2003: O Irã aceita assinar o Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e suspender os trabalhos de enriquecimento de urânio em reunião com os ministros de Exteriores da Alemanha, da França e do Reino Unido (Tríade Européia). O Irã aceita cooperar de plenamente com a AIEA e suspende o enriquecimento de urânio.

- Novembro de 2003: A AIEA afirma que o Irã reconhece ter produzido pequenas quantidades de urânio altamente enriquecido, que poderia alimentar armas nucleares. No entanto, ressalta que não há provas de que tenha intenção de construir bombas.

- Dezembro de 2003: O Irã assina sua adesão ao Protocolo Adicional de TNP.

- Fevereiro de 2004: Diferentes fontes sustentam que o criador da bomba atômica paquistanesa, Abdul Qadeer Khan, forneceu tecnologia e conhecimentos nucleares ao Irã.

- Setembro de 2004: O secretário de Estado americano, Colin Powell, pede que sejam aplicadas sanções contra o Irã pela suposta ameaça de seu programa nuclear.

- Novembro de 2004: A Tríade Européia obtém de Teerã a suspensão, durante o processo negociador, de todas as atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio.

- Abril de 2005: O Irã anuncia que colocará em funcionamento a conversão de urânio na central de Isfahan.

- Maio de 2005: O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, ameaça recorrer ao Conselho de Segurança da ONU caso o Irã reative a reconversão de urânio. Teerã aceita esperar até agosto para avaliar o programa de incentivos econômicos e políticos da Tríade Européia.

- Junho de 2005: O ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad ganha as eleições presidenciais no Irã.

- Julho de 2005: O Irã reitera que conta com o direito inalienável de desenvolver um programa nuclear pacífico.

- Agosto de 2005: O Irã informa que colocará em funcionamento parte do processo de conversão de urânio em Isfahan e rejeita o plano de incentivos econômicos proposto por Alemanha, França e Reino Unido.

- Setembro de 2005: O Conselho de Governadores constata em uma resolução (22 votos a favor, 12 abstenções e um voto contra, da Venezuela), que o Irã violou no passado suas obrigações de salvaguardas internacionais. Isso requer, segundo o estatuto da AIEA, uma denúncia ao Conselho de Segurança da ONU. A resolução não inclui prazo para essa denúncia.

- Novembro de 2005: O Conselho de Governadores continua sem denunciar o Irã ao Conselho de Segurança para dar mais tempo para as iniciativas diplomáticas da Tríade Européia e da Rússia.

- Dezembro de 2005: A Tríade Européia se reúne com o Irã, sem resultado concreto, mas concorda em voltar a conversar em janeiro para determinar se podem ser retomadas as negociações formais.

- 9/10 de janeiro de 2006: O Irã rompe os lacres de três instalações nucleares para iniciar trabalhos de "pesquisa nuclear", o que causa uma onda de protestos internacionais.

- 12 de janeiro: Alemanha, França e Reino Unido solicitam uma reunião de emergência da AIEA para elevar o litígio atômico ao Conselho de Segurança da ONU, com capacidade de impor sanções.

- 31 de janeiro: Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido -, além de Alemanha e da UE, concordam em Londres que a Junta da AIEA deve enviar o dossiê iraniano ao órgão máximo das Nações Unidas em sua reunião emergencial de 2 de fevereiro.

- 4 de fevereiro: O Conselho de Governadores da AIEA adota uma resolução com a qual remete o dossiê iraniano ao Conselho de Segurança da ONU, com o apoio de 27 países da executiva, cinco abstenções e a rejeição de Venezuela, Cuba e Síria.

O Irã anuncia que limitará o acesso da AIEA a suas instalações atômicas e que reiniciará plenamente seu programa de enriquecimento de urânio.





Fonte: EFE

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