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Internacional
Sábado - 04 de Fevereiro de 2006 às 08:22

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Safaga, Egito - Barcos de resgate retiraram 435 sobreviventes da balsa egípcia que pegou fogo e naufragou no Mar Vermelho, informam policiais neste sábado, enquanto agentes de segurança tentam manter centenas de pessoas que tentam invadir o porto para obter informações sobre seus entes queridos. Há mais 950 pessoas que provavelmente morreram no desastre.

"Ninguém conta nada", disse Shaaban el-Qott, da cidade de Quena, furioso depois de passar toda a noite nos portões do porto, aguardando por notícias de um primo. "Só queremos saber se está vivo ou morto". Referindo-se ao presidente do Egito, el-Qott disse: " Que Deus destrua Hosni Mubarak". Uma mulher histérica batia no portão de ferro do porto, para onde foram levados sobreviventes da balsa Al-Salaam Boccaccio 98.

Autoridades portuárias não fornecem nomes de sobreviventes à multidão, que segue tentando romper a linha de tropas de choque.

O navio afundou na madrugada de sexta-feira, enquanto a balsa, transportando pessoas e carros, viajava do porto saudita de Dubah para Safaga, cruzando o Mar Vermelho. Sobreviventes dizem que um incêndio irrompeu a bordo, escapou de controle e ouviu-se uma explosão. O navio aparentemente afundou sem sequer enviar um pedido de socorro.

O passageiro Ahmed Abdel Wahab, de 30 anos, disse que o fogo começou no estacionamento, onde estavam os carros. Segundo ele, quando os passageiros começaram a entrar em pânico, tripulantes trancaram algumas pessoas nas cabines. Wahab disse que ficou 20 horas ao mar, agarrado a um barril e, depois, com um colete salva-vidas que retirou de um cadáver.

O ministro dos Transportes do Egito, Mohammed Lutfy Mansour, disse que investigadores tentam apurar a causa do incêndio.




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