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Agronegócios
Sábado - 04 de Fevereiro de 2006 às 07:56

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Brasília - Como forma de pressionar o Paraná a admitir os focos de febre aftosa, o Ministério da Agricultura repassará ao governo do Estado relatório que será encaminhado pela União Européia em até 20 dias úteis. "Assim que recebermos os posicionamentos com as críticas por escrito vamos dar ciência aos estados envolvidos, no caso o Mato Grosso do Sul e Paraná", afirmou o diretor do Departamento de Saúde Animal da pasta, Jorge Caetano Júnior.

O Brasil terá que responder às indagações enumeradas no relatório e uma missão do governo brasileiro irá até Bruxelas para entregar pessoalmente as respostas. "Indo até lá, a negociação é mais rápida", comentou Caetano.

Representantes da União Européia vistoriaram frigoríficos, laboratórios e fazendas do País, principalmente no Mato Grosso do Sul e Paraná, estados que tiveram focos de aftosa no ano passado. Numa avaliação feita hoje em reunião com representantes do ministério, os europeus sinalizaram que estão satisfeitos com as ações adotadas pelo Mato Grosso do Sul. "As medidas no Mato Grosso do Sul foram consideradas como satisfatórias", comentou.



Paraná No caso do Paraná, os europeus criticaram a demora do governo brasileiro em reconhecer a doença, o que aconteceu em dezembro, mais de um mês depois das primeiras suspeitas. Mesmo com o diagnóstico positivo, o pecuarista paranaense não aceita abater os animais e negocia com o governo federal o valor da indenização a que tem direito.

De forma sutil, o diretor admitiu que o Paraná pode ficar isolado, ou seja, a União Européia poderá retomar as compras de carne bovina do Mato Grosso do Sul e do Paraná. "A tendência é a seguinte: quando há uma área que eles definam como área problema, onde nem tudo foi esclarecido, você tenha condição de deixar (a reabertura) para um momento posterior", afirmou. "O tempo pode se prolongar no caso de regiões, não vou citar o Paraná, onde eles não consigam os esclarecimentos", completou.

Em outubro, depois que foram confirmados focos de aftosa no País, a União Européia suspendeu as importações de carne bovina de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. O mercado europeu é o principal mercado para a carne bovina brasileira, absorvendo 37% dos embarques, e por isso a pressa do governo brasileira em retomar as vendas.





Fonte: Agência Estado

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