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General admite falhas em missão no Haiti
O comandante das forças da ONU no Haiti, general José Elito Siqueira, admitiu em entrevista à BBC Brasil que pode haver "falhas" na atuação de alguns militares que integram a missão de paz no país, mas defende que de forma geral seus homens estão preparados para a missão.
Questões sobre o preparo dos soldados surgiram após declarações na imprensa de veteranos descrevendo mortes de civis como ocorrências rotineiras e afirmando que eles chegavam a esconder de seus superiores que tinham matado alguém durante patrulhas.
Para Siqueira, "soldados são elementos de execução, acompanham os seus chefes, sargentos, tenentes, e certamente não têm e não precisam ter" o que ele diz ser "uma visão mais global". O general, no entanto, qualificou os relatos na imprensa de "exceções", que não refletem o "pensamento" geral das forças brasileiras no Haiti.
"A tropa brasileira está muito bem preparada. As tropas que virão em junho para a Minustah começaram o seu treinamento em janeiro em Recife. Existe um centro de instrução de operações no Rio de Janeiro onde todos os oficiais que vão ser comandantes passa, mas é claro pode haver falhas em qualquer lugar."
Efeito colateral
"Os soldados brasileiros há mais de 30 anos fazem missão de paz e onde passaram só deixaram exemplo de um ótimo trabalho. Em Angola, em Kosovo, na América Central", afirmou Siqueira. O general diz que as tropas só atiram quando se sentem ameaçadas e fazem o possível para evitar ¿efeitos colaterais¿, como se refere às mortes de civis.
Acusados de abusar da força em algumas operações, os capacetes azuis no Haiti também são freqüentemente criticados na mídia local por se omitirem em episódios violentos, como seqüestros ¿ crime em que o pequeno país caribenho virou campeão nos últimos meses. Siqueira rebate esses ataques, alegando que as tropas da ONU não podem extrapolar os limites do seu mandato.
"Temos que ter muito cuidado com a nossa missão aqui. Trabalhos policiais devem ser feitos pelas forças policiais e, quando tivermos que dar um apoio a essas forças numa operação, teremos que tomar muito cuidado para evitar efeitos colaterais na população, em crianças, em senhoras etc."
Eleições Siqueira assegura que a Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti) está preparada para enfrentar incidentes violentos durante as eleições da próxima terça-feira. "Eu acho que está sob controle. Nós temos problemas em alguns pontos, mas em geral o país está em boa situação para as eleições."
A região mais problemática é Cité Soleil, favela da capital haitiana onde vivem mais de 200 mil pessoas, praticamente controlada por gangues criminosas. Não haverá postos de votação na favela, mas Siqueira diz que os moradores poderão sair de Cité Soleil para votar e voltar para casa em segurança.
"Estamos preparados para impedir que os problemas cresçam e se espalhem para o país e esperamos que se houver problemas eles sejam controlados", disse o general.
Para Siqueira, "soldados são elementos de execução, acompanham os seus chefes, sargentos, tenentes, e certamente não têm e não precisam ter" o que ele diz ser "uma visão mais global". O general, no entanto, qualificou os relatos na imprensa de "exceções", que não refletem o "pensamento" geral das forças brasileiras no Haiti.
"A tropa brasileira está muito bem preparada. As tropas que virão em junho para a Minustah começaram o seu treinamento em janeiro em Recife. Existe um centro de instrução de operações no Rio de Janeiro onde todos os oficiais que vão ser comandantes passa, mas é claro pode haver falhas em qualquer lugar."
Efeito colateral
"Os soldados brasileiros há mais de 30 anos fazem missão de paz e onde passaram só deixaram exemplo de um ótimo trabalho. Em Angola, em Kosovo, na América Central", afirmou Siqueira. O general diz que as tropas só atiram quando se sentem ameaçadas e fazem o possível para evitar ¿efeitos colaterais¿, como se refere às mortes de civis.
Acusados de abusar da força em algumas operações, os capacetes azuis no Haiti também são freqüentemente criticados na mídia local por se omitirem em episódios violentos, como seqüestros ¿ crime em que o pequeno país caribenho virou campeão nos últimos meses. Siqueira rebate esses ataques, alegando que as tropas da ONU não podem extrapolar os limites do seu mandato.
"Temos que ter muito cuidado com a nossa missão aqui. Trabalhos policiais devem ser feitos pelas forças policiais e, quando tivermos que dar um apoio a essas forças numa operação, teremos que tomar muito cuidado para evitar efeitos colaterais na população, em crianças, em senhoras etc."
Eleições Siqueira assegura que a Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti) está preparada para enfrentar incidentes violentos durante as eleições da próxima terça-feira. "Eu acho que está sob controle. Nós temos problemas em alguns pontos, mas em geral o país está em boa situação para as eleições."
A região mais problemática é Cité Soleil, favela da capital haitiana onde vivem mais de 200 mil pessoas, praticamente controlada por gangues criminosas. Não haverá postos de votação na favela, mas Siqueira diz que os moradores poderão sair de Cité Soleil para votar e voltar para casa em segurança.
"Estamos preparados para impedir que os problemas cresçam e se espalhem para o país e esperamos que se houver problemas eles sejam controlados", disse o general.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/320914/visualizar/
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