Comunidade muçulmana do Senegal indignada com caricatura de Maomé

A publicação por um jornal dinamarquês de caricaturas do profeta Maomé, mostradas por vários outros meios de comunicação europeus, despertou uma profunda indignação no seio da comunidade islâmica do Senegal. "A atitude do autor das caricaturas é inaceitável e irresponsável e todos os muçulmanos devemos manifestar nossa indignação", afirmou Abdou Latif Gueye, dirigente da ONG islâmica "Jamra", que deu uma entrevista coletiva especialmente sobre o assunto.

"O islã proíbe qualquer caricatura, inclusive favorável, do profeta", disse Gueye, que criticou as imagens que tendem a vincular a religião islâmica à violência.

"É um insulto à religião muçulmana", foram as palavras do dirigente da "Jamra", que louvou a reação adotada por 14 países árabes de retirar seus embaixadores credenciados na Dinamarca.

A organização entregará hoje uma carta de protesto ao cônsul da Dinamarca no Senegal e exigirá que este país, e os demais membros da União Européia, tomem medidas para evitar que se repita algo parecido, ressaltou Gueye.