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Internacional
Sábado - 05 de Janeiro de 2013 às 22:13

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O presidente da unicameral Assembleia Nacional venezuelana (AN), Diosdado Cabello, foi reeleito neste sábado para dirigir o Parlamento do país durante o biênio 2013-2014, com o apoio do voto do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e a oposição dos partidos contrários ao Governo.

Como vice-presidentes, foram escolhidos os deputados Darío Vivas e Blanca Eekhout, também dirigentes do PSUV, liderado pelo presidente do país, Hugo Chávez, que continua em Cuba, onde passou por cirurgia no dia 11 de dezembro devido a um câncer.

"Maioria evidente e contundente", proclamou Cabello ao contar as mãos alçadas dos 97 deputados do PSUV do total de 165 cadeiras, e "minoria evidente" ao contabilizar a dos opositores.

A escolha aconteceu após a troca de acusações entre o Governo e a oposição pelo monopólio do chavismo nos cargos da câmara. Ex-chavista, o deputado Ismael García salientou no debate anterior à votação que a direção parlamentar não deveria ser "a repartição de cotas de um partido" e acusou o PSUV de refletir assim "seu sectarismo, sua intolerância e sua visão hegemônica".

Na sessão parlamentar, esteve presente o vice-presidente do país, Nicolás Maduro, a quem García acusou de "continuar convocando à violência, ao medo e à intimidação".

Sobre isso, o deputado governista Pedro Carreño disse que a oposição, aglutinada na plataforma Mesa da Unidade Democrática (MUD), "tem uma visão da realidade que beira a esquizofrenia".

A escolha do presidente da AN aconteceu no meio de uma inusitada expectativa pela importância que o cargo representa em um cenário de "falta absoluta" do chefe de Estado, Hugo Chávez, em Cuba há quase um mês e que dificilmente estará em Caracas no próximo dia 10 para tomar posse.

A Constituição prevê que em caso de falta absoluta em 10 de janeiro do líder eleito, dia do início de um novo mandato, válido até 2019, o titular da Assembleia Nacional deverá ocupar a máxima magistratura enquanto se convoca eleições em 30 dias se elege um novo governante.

O Governo ressaltou na sexta-feira que as condições exigidas pela carta magna para declarar tal falta absoluta não estão preenchidas e que a cerimônia de posse do dia 10 é uma formalidade que será cumprida mais adiante, caso Chávez não possa estar na AN nesse dia.





Fonte: REUTERS

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