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Internacional
Quinta - 02 de Fevereiro de 2006 às 17:55

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Diversas associações queimaram roupas de segunda mão no centro de La Paz, em protesto contra uma decisão do governo Evo Morales de prorrogar por seis meses a importação do produto, cuja venda em massa a preços baixos ameaça a indústria têxtil boliviana.

Os manifestantes anunciaram que irão resistir à polêmica medida do presidente. As associações de industriais do setor têxtil, comerciantes e microempresários pediram que os consumidores evitem que "a Bolívia continue sendo a lixeira do mundo" e consumam a produção nacional.

Os importadores alegam que a atividade ocupa direta e indiretamente 250 mil pessoas em todo o país, enquanto os empresários têxteis advertem que a indústria entrará em colapso em breve e eliminará 80 mil postos de trabalho.

A Bolívia importou nos últimos cinco anos U$ 500 milhões em roupas usadas, ou seja, 6% de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 9,3 bilhões de dólares, segundo o Instituto Boliviano de Comércio Exterior (IBCE).

Apenas 7% das roupas usadas entraram no país legalmente por portos chilenos, e o restante foi fruto de contrabando, segundo o relatório.





Fonte: AFP

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