Protestos contra publicação de charges se intensificam
"Foram tomadas medidas de segurança" adicionais, disse a porta-voz de relações exteriores da Comissão Européia, Emma Udwin. Outras fontes da CE disseram à EFE que o escritório foi fechado da mesma forma que segunda-feira, após outra manifestação pacífica.
A comissária das Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, insistiu hoje que a liberdade de expressão é um dos "valores comuns" dentro da União Européia, mas ressaltou que é preciso respeitar os valores de outras culturas. Já na cidade de Nablus, há relatos de milicianos que procuraram por estrangeiros de países europeus em hotéis da região. O objetivo seria seqüestrá-los.
Em uma ligação telefônica para a Associated Press, um membro da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço violento do partido Fatah, disse que membros do seu grupo estão pressionando donos de hotéis de Nablus para que estes não aceitem cidadãos de cinco países da Europa, incluindo França e Dinamarca.
Em Gaza, rebeldes disseram que irão fechar escritórios de veículos de mídia da França, Noruega, Dinamarca e Alemanha, informou a agência francesa France Presse. Se os governos europeus não se desculparem até a tarde desta quinta-feira, "qualquer visitante destes países será um alvo", disse um membro da Al-Aqsa.
Correspondentes estão sendo evacuados de Gaza nesta quinta-feira, e algumas organizações de mídia internacionais já cancelaram planos de mandar mais jornalistas para a região. A Noruega suspendeu as operações de sua embaixada na Cisjordânia, na cidade de Ram, após receber ameaças relacionadas à publicação das charges pelos jornais noruegueses.
O representante da embaixada da Dinamarca em Ramallah, Ralf Holmboe, disse que o escritório fechará nesta sexta-feira. Segundo ele, não foi decidido se o escritório reabrirá na segunda-feira. Holmboe disse que a embaixada foi alvo de tiros na segunda-feira passada, mas o prédio estava vazio e ninguém se feriu A força de segurança palestina disse que irá tentar proteger os cidadãos estrangeiros em Gaza. Entretanto, a polícia não conseguiu fazer isso no passado, quando 19 estrangeiros foram seqüestrados e libertados sem ferimentos, alguns meses atrás.
O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, também exigiu desculpas dos países europeus, mas disse que os estrangeiros não devem ser feridos durante os protestos.
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