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Internacional
Quinta - 02 de Fevereiro de 2006 às 09:21

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O Haiti interromperá as campanhas políticas e fechará escolas e órgãos do governo antes da eleição presidencial da próxima semana para garantir a segurança do tão esperado pleito, disseram as autoridades interinas do país. O primeiro-ministro Gerard Latortue também afirmou que não seriam feitas mais pesquisas e permitiu que os meios de comunicação divulguem apenas resultados "oficiais", em meio a temores de que episódios de violência atrapalhem a votação de 7 de fevereiro.

Essa é a primeira eleição a ser realizada no Haiti desde a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004.

As escolas devem fechar as portas na sexta-feira e só reabri-las na próxima sexta, três dias depois do pleito, originalmente marcado para novembro, mas adiado várias vezes.

Latortue disse ter percebido que muitos haitianos poderiam se lembrar de um massacre ocorrido em uma eleição de 1987, quando os eleitores foram mortos em uma escola da capital do país.

O premiê garantiu aos eleitores que a polícia do Haiti e os 9.000 membros das forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) estavam prontos para protegê-los.

"O governo, com o apoio das forças da ONU e com a ajuda da polícia haitiana, fará o que for necessário para garantir que as pessoas possam votar em um ambiente de segurança", afirmou, em uma entrevista coletiva, Latortue, nomeado presidente depois da deposição de Aristide.

"Vamos provar que podemos ser firmes com os que tentarão alimentar a violência durante a eleição", disse, na quarta-feira.

Segundo o premiê, os funcionários públicos não vão trabalhar de segunda a quarta-feira e as campanhas eleitorais terminariam no domingo à noite. Pesquisas pré-eleitorais serão proibidas a partir de sábado.

Os meios de comunicação foram ainda proibidos de divulgar qualquer resultado que não fosse classificado de "oficial" pelo governo.

Centenas de pessoas foram mortas em episódios de violência criminal e política nos dois últimos anos desde que Aristide saiu do país para o exílio. A capital haitiana, Porto Príncipe, foi atingida recentemente por uma onda de sequestros.

Autoridades da ONU disseram que a mobilização rápida de suas forças seria um instrumento usado para resolver quaisquer problemas relacionados com a eleição.

"O país está pronto para o pleito e estamos prontos para prover a segurança", disse Juan Gabriel Valdes, enviado da ONU ao Haiti.





Fonte: EFE

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