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Nilza faz novo aporte para acelerar sua recuperação
Adhemar de Barros Neto estima que a Nilza irá faturar R$ 170 milhões este ano
Pouco mais de um mês depois de ter adquirido parte dos ativos da Central Leite Nilza e de criar a Indústria de Alimentos Nilza, o empresário Adhemar de Barros Neto busca acelerar o processo de saneamento financeiro da companhia.
Para isso, será feito um novo aporte de R$ 8 milhões, cujo objetivo é reduzir as despesas financeiras da empresa. O valor se soma a outros R$ 10 milhões para capital de giro, que Barros Neto despendeu ao compra os ativos da Nilza.
A empresa também prepara o caminho para relançar produtos que a Central Nilza deixou de fabricar quando entrou em crise, como bebidas lácteas, e promoverá mudanças em suas embalagens.
"O projeto de saneamento [financeiro] era de quatro anos. Com essa linha de crédito, deve levar dois anos", diz Adhemar de Barros Neto, ex-acionista da Lacta, empresa que hoje pertence à Kraft Foods.
Ao comprar a unidade de Ribeirão Preto e a marca Nilza, Barros Neto assumiu dívidas de R$ 54 milhões das três cooperativas que formavam a central. Desse total, R$ 20 milhões são débitos com o Banco do Brasil e o restante com produtores de leite, outros bancos e fornecedores.
Além do plano para abreviar o período de saneamento financeiro, a Nilza também espera elevar a captação de leite para 600 mil litros até julho deste ano. Atualmente, está em 500 mil litros, sendo 430 mil para a produção de itens da própria Nilza e outros 70 mil para produção de itens para a Parmalat, num contrato de prestação de serviços.
De acordo com Barros Neto, para chegar a 600 mil litros diariamente será necessário investir em mais um esterilizador para a unidade de Ribeirão Preto.
A empresa aguarda ainda, para este mês, o resultado de uma negociação com o Pão de Açúcar para fornecimento de manteiga para ser vendida com a marca própria da rede varejista.
O novo aporte de recursos também deve permitir à Nilza ampliar a linha de produtos no mercado. Hoje, a empresa produz leite longa vida, pasteurizado e manteiga, mas prevê retomar a fabricação de bebidas lácteas e iogurtes. Barros Neto avalia que até julho a empresa deverá voltar a produzir bebidas lácteas, mas prefere não fazer previsão sobre quando outros itens, como requeijão e queijo, voltarão a ser produzidos. "Será mais adiante".
A estratégia da Nilza, de qualquer forma, está relacionada à expectativa de demanda aquecida por alimentos este ano. Com esse quadro e com o aumento da captação, a previsão também é aumentar o faturamento em 2006. A estimativa de Barros Neto é que a receita alcance R$ 170 milhões. No ano passado, quando a crise da Nilza teve seu auge, a receita da antiga central foi de R$ 104 milhões, depois de ter atingido cerca de R$ 300 milhões em 2004.
Em parte, a alta da receita deve ocorrer por conta do aumento da matéria-prima, o leite. Na avaliação do empresário, a cotação do leite deve chegar a R$ 0,60 por litro ao produtor. Em janeiro, segundo a Scot Consultoria, os produtores receberam, em média, R$ 0,42 por litro. Para Barros Neto, a produção elevada em 2005, que derrubou os preços, deve levar a uma queda da oferta este ano.
Adhemar de Barros Neto é o controlador da Nilza, com 90% do capital. Os outros 10% pertencem a Edson Macedo, presidente da Solfin - Soluções Financeiras - empresa responsável pela reestruturação das dívidas da Central Nilza.
Para isso, será feito um novo aporte de R$ 8 milhões, cujo objetivo é reduzir as despesas financeiras da empresa. O valor se soma a outros R$ 10 milhões para capital de giro, que Barros Neto despendeu ao compra os ativos da Nilza.
A empresa também prepara o caminho para relançar produtos que a Central Nilza deixou de fabricar quando entrou em crise, como bebidas lácteas, e promoverá mudanças em suas embalagens.
"O projeto de saneamento [financeiro] era de quatro anos. Com essa linha de crédito, deve levar dois anos", diz Adhemar de Barros Neto, ex-acionista da Lacta, empresa que hoje pertence à Kraft Foods.
Ao comprar a unidade de Ribeirão Preto e a marca Nilza, Barros Neto assumiu dívidas de R$ 54 milhões das três cooperativas que formavam a central. Desse total, R$ 20 milhões são débitos com o Banco do Brasil e o restante com produtores de leite, outros bancos e fornecedores.
Além do plano para abreviar o período de saneamento financeiro, a Nilza também espera elevar a captação de leite para 600 mil litros até julho deste ano. Atualmente, está em 500 mil litros, sendo 430 mil para a produção de itens da própria Nilza e outros 70 mil para produção de itens para a Parmalat, num contrato de prestação de serviços.
De acordo com Barros Neto, para chegar a 600 mil litros diariamente será necessário investir em mais um esterilizador para a unidade de Ribeirão Preto.
A empresa aguarda ainda, para este mês, o resultado de uma negociação com o Pão de Açúcar para fornecimento de manteiga para ser vendida com a marca própria da rede varejista.
O novo aporte de recursos também deve permitir à Nilza ampliar a linha de produtos no mercado. Hoje, a empresa produz leite longa vida, pasteurizado e manteiga, mas prevê retomar a fabricação de bebidas lácteas e iogurtes. Barros Neto avalia que até julho a empresa deverá voltar a produzir bebidas lácteas, mas prefere não fazer previsão sobre quando outros itens, como requeijão e queijo, voltarão a ser produzidos. "Será mais adiante".
A estratégia da Nilza, de qualquer forma, está relacionada à expectativa de demanda aquecida por alimentos este ano. Com esse quadro e com o aumento da captação, a previsão também é aumentar o faturamento em 2006. A estimativa de Barros Neto é que a receita alcance R$ 170 milhões. No ano passado, quando a crise da Nilza teve seu auge, a receita da antiga central foi de R$ 104 milhões, depois de ter atingido cerca de R$ 300 milhões em 2004.
Em parte, a alta da receita deve ocorrer por conta do aumento da matéria-prima, o leite. Na avaliação do empresário, a cotação do leite deve chegar a R$ 0,60 por litro ao produtor. Em janeiro, segundo a Scot Consultoria, os produtores receberam, em média, R$ 0,42 por litro. Para Barros Neto, a produção elevada em 2005, que derrubou os preços, deve levar a uma queda da oferta este ano.
Adhemar de Barros Neto é o controlador da Nilza, com 90% do capital. Os outros 10% pertencem a Edson Macedo, presidente da Solfin - Soluções Financeiras - empresa responsável pela reestruturação das dívidas da Central Nilza.
Fonte:
Valor Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/321293/visualizar/
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