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Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 16:42

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O cineasta palestino Hamy Abu-Assad se apaixonou por Hollywood na terça-feira, quando a Academia fez história ao indicar pela primeira vez um filme palestino para um Oscar.

O retrato dramático de Abu-Assad sobre homens-bomba que se preparam para morrer em "Paradise Now" foi uma das cinco obras indicadas na categoria de melhor filme estrangeiro. Os outros foram "Joyeux Noel" (França), "Sophie Scholl — Uma Mulher Contra Hitler" (Alemanha), "Tsotsi" (África do Sul) e "La Bestia Nel Cuore" (Itália).

Como muitos filmes norte-americanos indicados ao Oscar este ano, esta categoria também lida com questões sociais, políticas, guerra e moralidade.

"Eu costumava pensar que Hollywood era (composta por) gente gorda e velha interessada apenas em dinheiro, mas agora que vim para cá e conheci as pessoas, vejo que elas são jovens e antenadas e uma mistura surpreendente de gente que realmente se importa com o cinema", disse Abu-Assad à Reuters.

Ele acrescentou que era uma honra ser indicado a um Oscar e que "muitas pessoas na Palestina estão tão contentes porque tiveram reconhecimento do mundo civilizado. Estamos sendo reconhecidos como parte da civilização."

Marc Rothemund, que dirigiu "Sophie Scholl", disse esperar que seu filme passe para as pessoas um sentimento de coragem de falar com franqueza sobre as questões.

"Sophie Scholl" conta a história da jovem Sophie, de seu irmão Hans e de outros membros do movimento de Resistência na Alemanha nazista. O grupo de estudantes tinha por base Munique e distribuía panfletos condenando os nazistas.

"Ela se torna uma heroína. Ela luta por valores, por liberdade e paz, e ver que esses valores de 60 anos atrás ainda ressoam hoje, que as pessoas dão suas vidas por eles, as pessoas vão gostar", disse Rothemund.

"Joyeux Noel" também espera aproveitar a atenção com a indicação ao Oscar para ser lançado nos EUA em março. O filme fala sobre a véspera de Natal em 1914 e mostra um campo de batalha durante a Primeira Guerra Mundial, onde soldados declaram uma trégua por conta própria para celebrar juntos o feriado.

O sul-africano "Tsotsi", que é uma gíria para "gângster", conta a história do triunfo sobre condições adversas que incluem a epidemia da Aids e a violência pós-apartheid no país.

"La Bestia Nel Cuore" mostra ao espectador uma história sobre irmãos que sofrem abuso sexual. A protagonista, Giovanna Mezzogiorno, ganhou o prêmio de melhor atriz no ano passado no Festival de Cinema de Veneza por seu papel neste filme.





Fonte: Reuters

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