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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 14:15

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A polícia israelense completou hoje o despejo de milhares de manifestantes de nove casas no assentamento ilegal de Amona, na Cisjordânia, em operação na qual 60 agentes e cerca de 40 colonos ficaram feridos. As escavadeiras da polícia estão destruindo todas as casas para cumprir uma ordem do Governo ratificada na manhã desta quarta-feira pela Suprema Corte de Israel.

A evacuação foi realizada após uma batalha campal entre mais de 2 mil colonos e um número superior de policiais enviados à região desde a noite de ontem. Também participaram da operação mais de 3 mil soldados responsáveis pela segurança no perímetro do assentamento.

Fontes médicas informaram que há mais de cem feridos, 84 deles levados a hospitais e centros médicos em ambulâncias da Estrela de Davi Vermelha. Sete feridos em estado grave, todos eles do grupo de 60 agentes, foram tirados do local de helicóptero. Um policial tem ferimentos muito graves.

Hussein Farez, comandante da Polícia de Fronteira, um dos organismos que participam da operação, confirmou que "houve muita violência", mas disse que seus homens estavam se preparando desde o domingo para a operação. Entrincheirados no interior e posicionados nos telhados, os manifestantes atiraram baldes de excrementos, tinta e água e azeite, bem como ovos, pedras e esquadrias de janelas e portas nos agentes.

"Assassinos", "nazistas", "ditadores" gritavam os colonos aos agentes. Também usaram palavras de ordem como "Um judeu não expulsa outro judeu", muito usada durante a evacuação israelense da Faixa de Gaza, no segundo semestre de 2005.

A polícia informou sobre a detenção de 20 manifestantes que foram levados à Justiça.

O primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, prometeu remover 24 postos montados por colonos, em uma tentativa de cumprir um dos compromissos do Mapa do Caminho, plano de paz apoiado pelos Estados Unidos, e garantir o controle depois que assumiu os poderes de Ariel Sharon, internado em coma há quase um mês.

Olmert deu indícios de que removerá assentamentos isolados na Cisjordânia se for eleito na votação de 28 de março. Ele afirmou a simpatizantes do partido Kadima que depois da eleição vai "delinear as fronteiras permanentes de Israel, como um país com uma sólida e clara maioria judaica".







Fonte: Terra

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