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Ahmadinejad diz que Irã não desistirá do programa atômico
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reagiu hoje às crescentes pressões da comunidade internacional sobre o regime islâmico de Teerã e afirmou que seu país manterá suas atividades nucleares.
"O povo do Irã não renunciará a seu direito após as ameaças de alguns países arrogantes. Nosso povo diz em voz alta que a energia nuclear é um de seus direito indiscutíveis", disse Ahmadinejad em tom desafiante perante milhares de iranianos.
O líder ultraconservador fez um discurso na cidade de Bushehr, sede de uma usina nuclear no sul do país, para lembrar o 27º aniversário da vitória da revolução islâmica xiita que derrubou o regime monárquico do xá Mohamad Reza Pahlevi.
Com suas inflamadas palavras, Ahmadinejad respondeu à decisão dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, junto à Alemanha e à União Européia (UE), de enviar o caso iraniano ao organismo da ONU.
O presidente americano, George W. Bush, pediu em seu discurso do Estado da União, nesta terça-feira à noite, que a comunidade internacional não permita que o regime iraniano obtenha armas nucleares.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assegurou em seu último relatório, divulgado também na terça-feira, que o Irã dispõe das instruções para a "fabricação de compostos de armas nucleares".
Ahmadinejad reiterou que o programa nuclear iraniano visa a gerar eletricidade, e criticou duramente a política do Ocidente para seu país. "Os europeus e os ocidentais tratam o caso nuclear com uma mentalidade medieval".
"Os ocidentais vivem com seus sonhos expansionistas de 200 anos atrás, e suas medidas a respeito do caso nuclear do Irã não afetarão a decisão de nosso povo", afirmou.
"Aqueles que têm arsenais repletos de armas nucleares e biológicas se opõem a nossas pesquisas científicas e acham que o povo iraniano respeitará seus pontos de vista", acrescentou.
O presidente reiterou que a melhor forma para solucionar a disputa é o diálogo, e alertou que a eventual suspensão das conversas entre o Irã e os europeus "isolará" estes últimos e o Ocidente em geral, e não a República Islâmica.
Ahmadinejad fez as declarações depois de seu ministro de Exteriores, Manouchehr Mottaki, alertar que o Irã deixará de colaborar com a AIEA se o caso for levado ao Conselho de Segurança, posição reiterada hoje pelo presidente do Parlamento, Haddad Adel.
O presidente rejeitou também as afirmações de Bush no discurso do Estado da União sobre a situação das liberdades e dos direitos humanos no Irã.
"Aqueles que têm as mãos manchadas com o sangue dos povos, que assassinam os inocentes e que mataram mais de 40 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial não devem acusar agora o nosso país de violar os direitos humanos", disse. A crise do Irã com a comunidade internacional coincide com a celebração, que começa hoje e durará dez dias, do aniversário da revolução liderada pelo aiatolá Khomeini, fundador da República Islâmica.
Aviões iranianos lançaram na manhã de hoje, como fazem todos os anos, milhares de flores na estrada pela qual passou o carro de Khomeini quando este retornou, em 1979, do exílio na França.
Enquanto isso, os milicianos do "Basij" (forças paramilitares partidárias do regime dos aiatolás) começaram a estabelecer postos de controle nas principais ruas da capital para demonstrar ao "inimigo" sua presença em defesa da República Islâmica.
"O povo do Irã não renunciará a seu direito após as ameaças de alguns países arrogantes. Nosso povo diz em voz alta que a energia nuclear é um de seus direito indiscutíveis", disse Ahmadinejad em tom desafiante perante milhares de iranianos.
O líder ultraconservador fez um discurso na cidade de Bushehr, sede de uma usina nuclear no sul do país, para lembrar o 27º aniversário da vitória da revolução islâmica xiita que derrubou o regime monárquico do xá Mohamad Reza Pahlevi.
Com suas inflamadas palavras, Ahmadinejad respondeu à decisão dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, junto à Alemanha e à União Européia (UE), de enviar o caso iraniano ao organismo da ONU.
O presidente americano, George W. Bush, pediu em seu discurso do Estado da União, nesta terça-feira à noite, que a comunidade internacional não permita que o regime iraniano obtenha armas nucleares.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assegurou em seu último relatório, divulgado também na terça-feira, que o Irã dispõe das instruções para a "fabricação de compostos de armas nucleares".
Ahmadinejad reiterou que o programa nuclear iraniano visa a gerar eletricidade, e criticou duramente a política do Ocidente para seu país. "Os europeus e os ocidentais tratam o caso nuclear com uma mentalidade medieval".
"Os ocidentais vivem com seus sonhos expansionistas de 200 anos atrás, e suas medidas a respeito do caso nuclear do Irã não afetarão a decisão de nosso povo", afirmou.
"Aqueles que têm arsenais repletos de armas nucleares e biológicas se opõem a nossas pesquisas científicas e acham que o povo iraniano respeitará seus pontos de vista", acrescentou.
O presidente reiterou que a melhor forma para solucionar a disputa é o diálogo, e alertou que a eventual suspensão das conversas entre o Irã e os europeus "isolará" estes últimos e o Ocidente em geral, e não a República Islâmica.
Ahmadinejad fez as declarações depois de seu ministro de Exteriores, Manouchehr Mottaki, alertar que o Irã deixará de colaborar com a AIEA se o caso for levado ao Conselho de Segurança, posição reiterada hoje pelo presidente do Parlamento, Haddad Adel.
O presidente rejeitou também as afirmações de Bush no discurso do Estado da União sobre a situação das liberdades e dos direitos humanos no Irã.
"Aqueles que têm as mãos manchadas com o sangue dos povos, que assassinam os inocentes e que mataram mais de 40 milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial não devem acusar agora o nosso país de violar os direitos humanos", disse. A crise do Irã com a comunidade internacional coincide com a celebração, que começa hoje e durará dez dias, do aniversário da revolução liderada pelo aiatolá Khomeini, fundador da República Islâmica.
Aviões iranianos lançaram na manhã de hoje, como fazem todos os anos, milhares de flores na estrada pela qual passou o carro de Khomeini quando este retornou, em 1979, do exílio na França.
Enquanto isso, os milicianos do "Basij" (forças paramilitares partidárias do regime dos aiatolás) começaram a estabelecer postos de controle nas principais ruas da capital para demonstrar ao "inimigo" sua presença em defesa da República Islâmica.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/321514/visualizar/
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