Polícia Civil esclarece crime contra juiz em Sinop

Em menos de 12 horas, a Polícia Judiciária Civil (PJC) esclareceu a autoria da tentativa de homicídio cometida contra o juiz da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, César Francisco Bassan, cometido na madrugada desta terça-feira (31.01) em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). Três homens foram presos, sendo que um deles, Sérgio Muller, empresário em Sinop, confessou a autoria dos quatro disparos que atingiram a caminhonete e as costas do juiz.

Os outros dois, Fábio Tavares Toledo e Cleyton Lopes dos Santos, foram presos próximo ao Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, após perseguição de policiais da Gerência de Inteligência da Policial da PJC, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. A caminhonete em que eles estavam foi apreendida.

Fábio e Cleyton foram autuados em flagrante em Cuiabá e seguem para Sinop nesta quarta-feira (01.02), onde serão ouvidos pela delegada regional de Sinop, Fátima Moggi, que preside o inquérito. Sérgio Muller, após prestar depoimento, foi encaminhado para o presídio de Sinop. Eles devem responder por tentativa de homicídio e podem ser condenados à pena de 6 a 12 anos de reclusão

O CASO – Em entrevista coletiva, a delegada regional relatou que Sérgio afirmou que estava com o cobrador Cleyton Lopes e com Fabio Tavares Toledo, que trabalhava em um lavador de carros.

"Eles estavam embriagados e trafegaram na avenida, na contra-mão, pela avenida Julio Campos (a principal da cidade), com o Sérgio dirigindo. O Fábio estava ao lado. O Cleyton e outra testemunha estavam na carroceria. Em um posto ao lado da praça eles pararam e compraram cerveja. Lá o Sérgio brincou com uma arma e com munições enquanto bebia. Depois eles saíram, pararam na esquina da lanchonete onde estava o juiz. Quando o juiz César Bassan saiu com a caminhonete, eles foram para a faixa de pedestre. O juiz parou, eles bateram no vidro da veículo. O juiz continuou andando, deu uma volta na praça (rotatória da avenida) e eles voltaram a pisar na faixa. O juiz novamente parou e novamente deu outra volta na praça. Nesta terceira volta eles decidiram ir atrás, quando ocorreu o acidente e, em seguida, os disparos", relatou a delegada.

Na perseguição, as duas caminhonetes acabaram se enroscando, subindo na calçada e batendo na parede de uma panificadora. Em seguida, aconteceram os disparos. O juiz não saiu da caminhonete e levou um dos quatro tiros, que acertou sua coluna.