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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 31 de Janeiro de 2006 às 16:58

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São Paulo - O Banco Central norte-americano decidiu hoje elevar os juros norte-americanos em 0,25 ponto percentual, de 4,25% para 4,5%. Trata-se da 14ª alta consecutiva das taxas, desde que a política norte-americana passou a subir os juros com o objetivo de contar a taxa de inflação no país. Esta reunião do Federal Reserve foi histórica porque marcou a despedida de Alan Greenspan, que presidiu a instituição por quase duas décadas.



Apesar de esperada, a alta dos juros nos Estados Unidos abre a discussão sobre o ritmo da atividade econômica no país. Alguns economistas acreditam que o banco central americano já foi longe demais. "O dado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado na sexta-feira foi o mais fraco em três anos", disse à EFE David Resler, economista-chefe da Nomura Securities International.

Os economistas apontam que, embora o ciclo de altas pareça estar perto do fim, existem alguns fatores de risco que podem alterar o rumo monetário. Os preços do petróleo encabeçam a lista de potenciais desmancha-prazeres, seguidos de perto pelos desequilíbrios do déficit na conta corrente, em níveis recorde.

Até agora, os Estados Unidos não tiveram problemas para atrair capital externo para financiar seu déficit público, mas o próprio Greenspan disse que a situação não é sustentável. Caso essa fonte de financiamento for interrompida, os EUA se verão em sérios apuros e terão de lidar com uma forte desvalorização de sua moeda. Assim, para muitos especialistas, o novo presidente do Fed, Ben Bernanke, terá de andar pisando em ovos.

É por isso que Bernanke prometeu "continuidade" em sua primeira aparição pública depois da designação para o cargo. A partir de quarta-feira, o novo presidente do Fed deverá mostrar que levará a luta contra a inflação tão a sério quanto seu antecessor. Além disso, terá de provar que se manterá firme diante de interferências políticas, já que sempre convém ao governo uma redução dos juros a curto prazo que estimule a economia, apesar de esta postura alimentar a inflação médio prazo. Bernanke também prometeu mais transparência nas operações do Fed.





Fonte: Agência Estado

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