MPF garante questionamento de provas aos candidatos do vestibular da UFMT

O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professor Paulo Speller, e o procurador da República, Marcelo Borges de Mattos Medina, assinaram ontem termo de compromisso de ajustamento de conduta, pelo qual a Coordenação de Exames Vestibulares (CEV) se compromete a publicar, até o dia dez de fevereiro, edital abrindo prazos de dez dias para interposição de eventuais recursos administrativos contra as avaliações do último processo seletivo.

Segundo o termo firmado, os candidatos que se sintam prejudicados poderão, no período de 11 a 20 de fevereiro, pedir ´´vista das provas discursivas e interpor gratuitamente recurso administrativo, do resultado de suas avaliações na segunda fase do processo seletivo 2006 da UFMT´´.

O candidato deverá apresentar recurso, informando nome, número de inscrição, nota ou avaliação impugnada e as razões de seu inconformismo. Caberá à CEV julgar os recursos administrativos interpostos, formulando resposta circunstanciada às particularidades de cada caso, bem como às razões apresentadas pelo interessado.

O termo de ajuste entre a UFMT e o Ministério Público Federal foi acordado de forma consensual em reunião realizada na sexta-feira (27), ocasião em que o reitor da UFMT sugeriu abrir um prazo para interposição de recursos, de modo a dirimir dúvidas em relação à correção das redações.

As matrículas dos calouros – cujos nomes já foram divulgados – estão mantidas para os dias 7 e 8 de fevereiro de 2006, nas coordenações de curso. Se eventualmente algum candidato tiver seu recurso acatado, também terá seu direito de matrícula assegurado, ainda que a UFMT tenha que autorizar vagas adicionais nos cursos de graduação, garantiu o reitor.

Paulo Speller reiterou que a instituição federal de ensino superior e o Ministério Público Federal chegaram a um entendimento mútuo, buscando atender os interesses da comunidade acadêmica e o compromisso da UFMT com um ensino público de qualidade. ´´O problema está resolvido. É uma questão de rotina administrativa´´, finalizou.