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Internacional
Terça - 31 de Janeiro de 2006 às 09:29

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O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, afirmou hoje que o movimento extremista islâmico Hamas, vencedor das eleições legislativas palestinas de 25 de janeiro passado, tem que dizer que reconhece a legalidade internacional. Em declarações à emissora de rádio A Voz da Palestina, Erekat disse que o Hamas deve "antepor os mais altos interesses do povo palestino sobre qualquer outra consideração" e levar em conta o compromisso da Autoridade Nacional Palestina (ANP) com o Mapa do Caminho, plano de paz delineado pelo Quarteto de Madri.

Erekat afirmou que "nesta fase em que estamos, pedimos ao povo palestino que respeite e acate a legalidade internacional, ao mesmo tempo em que o Quarteto tem que respeitar a eleição democrática do povo palestino".

Além disso, Erekat disse que a ANP pediu ao Quarteto e à comunidade internacional que não exerça uma punição coletiva contra o povo palestino.

"Agora o que é pedido a nós, como povo, é que estejamos com a legalidade internacional. O que digamos ou digam não é importante. O importante é estar com ela, e que ela sirva de proteção para nós", disse.

Erekat afirmou que "temos que dizer que aceitamos todas as decisões do Conselho de Segurança (da ONU) relativas à questão palestina, pois temos que ser parte da legalidade árabe, da Assembléia Geral da ONU, assim como da iniciativa árabe de paz e das decisões da Liga Árabe". Enquanto isso, o Hamas enviou uma mensagem ao Quarteto no qual pede a abertura de um diálogo direto, e insiste em que a ajuda financeira oferecida pela comunidade internacional - avaliada em cerca de US$ 1 bilhão por ano, soma imprescindível para a sobrevivência palestina - será usada apenas para ajudar o povo e terminar com seu sofrimento.

O Quarteto deixou claro que, para continuar enviando ajuda financeira a um Governo palestino liderado pelo Hamas, este movimento tem que deixar claro, e de forma expressa, sua renúncia à violência, reconhecer o Estado de Israel e aceitar a existência e a vigência dos acordos de paz, como por exemplo, o Mapa do Caminho.





Fonte: EFE

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