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Internacional
Segunda - 30 de Janeiro de 2006 às 19:08

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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, reafirmou hoje o compromisso de seu país com o futuro do Afeganistão, ao ressaltar que a segurança dos Estados Unidos estava "intrinsecamente unida" à sorte da nação asiática. Às vésperas da realização na capital britânica de uma Conferência sobre o Afeganistão, Rice ressaltou que o Governo de Washington "não cometerá de novo o erro" de abandonar o país e se arriscar a que ocorra um novo 11 de setembro. Representantes de 70 países e de organizações internacionais participarão dessa conferência, que será presidida pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e à qual assistirá o presidente afegão, Hamid Karzai. "Os Estados Unidos têm um compromisso sólido com o Afeganistão, militar, política e economicamente, e vamos manter essa presença sólida", indicou a chefe da diplomacia americana em entrevista coletiva conjunta com Karzai. "Cometemos o erro uma vez de abandonar o Afeganistão. Não só os afegãos pagaram por isso, os americanos pagaram por isso em 11 de setembro", apontou Rice e acrescentou: "Não vamos cometer esse erro de novo". "O futuro do Afeganistão está intrinsecamente ligado ao futuro pacífico dos Estados Unidos, o que significa que vamos continuar sendo um parceiro firme", insistiu. Em sua opinião, um Afeganistão democrático e estável contribuirá para conseguir "uma região mais estável e um mundo mais estável". Rice destacou que o país asiático tinha vivido "uma história de sucesso maravilhoso", mas reconheceu que "ainda resta trabalho a fazer". Em sua opinião, a conferência internacional, que será realizada em Londres nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, permitirá avaliar os avanços colhidos pelo país. Rice, além disso, defendeu a intensificação da participação do setor privado na reconstrução do Afeganistão. Nesse sentido, o presidente afegão, que reivindicou uma maior contribuição econômica da comunidade internacional, reconheceu que o setor privado era "o motor de crescimento de qualquer sociedade". O Afeganistão espera um ingente compromisso militar e financeiro da comunidade internacional como resultado da conferência internacional que começa nesta terça-feira em Londres, avaliado em pelo menos US$ 4 bilhões. Karzai, que irá à reunião, acredita também que a assistência extra dedicada a seu país deve ser canalizada através do Governo afegão em lugar de, como até agora, mediante organizações não-governamentais. O principal objetivo da Conferência sobre o Afeganistão é aprovar o "Plano Compacto para o Afeganistão", um programa para os próximos cinco anos que substituirá o conhecido como "Processo de Bonn", que marcou a transição desde a queda dos talibãs às eleições legislativas de setembro passado. O programa deve detalhar os compromissos da comunidade internacional e do Governo afegão para os próximos cinco anos em quatro áreas fundamentais para o futuro do país: segurança; respeito à lei e aos direitos humanos; desenvolvimento econômico e social; e luta contra as drogas. A reunião deverá fixar também os compromissos do Governo afegão e da comunidade internacional para reconstruir o Afeganistão e acabar com a violência.




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