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R. Unido e Nigéria lançam plano global de combate à tuberculose
O presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, e o ministro de Finanças do Reino Unido, Gordon Brown, apresentaram hoje em Davos uma iniciativa global para erradicar a tuberculose e que prevê oferecer tratamento a 50 milhões de pessoas em 10 anos, evitando assim 14 milhões de mortes.
O plano tem um custo previsto de US$ 56 bilhões de dólares durante a próxima década, sendo US$ 47 bilhões para controlar a doença e os US$ 9 bilhões restantes para pesquisas.
Brown, que participa dos debates do Fórum Econômico Mundial, disse que para alcançar esse objetivo são necessários fundos de US$ 31 bilhões e acrescentou que, durante a próxima reunião de ministros de Economia e Finanças do Grupo dos Oito (G8) em Moscou, pedirá que a criação desses fundos seja incluída na agenda do grupo.
"Alguns dizem não ser possível obter esses recursos, mas eu digo que sim, para o G8 é possível", acrescentou Brown, que afirmou que "2006 tem de ser o ano em que se passará dos compromissos à ação", em referência às decisões adotadas pelo G8 em 2005 para duplicar os fundos em prol dos países mais pobres.
A primeira contribuição a essa iniciativa global veio do presidente da Microsoft, Bill Gates, que hoje anunciou em Davos que triplicará as contribuições da fundação que leva seu nome para a luta contra a tuberculose, que passarão dos atuais US$ 300 milhões anuais para US$ 900 milhões em 2015.
Obasanjo ressaltou que a implementação desse plano é de grande importância para a África e para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, que fixa 2015 como ano-limite para acabar com doenças como a tuberculose.
Em 2005, houve 46 países que declararam estado de emergência por tuberculose, uma doença que foi erradicada nos países desenvolvidos, mas que nos mais pobres causa 5 mil mortes diárias e, além disso, afeta pessoas que também estão contaminadas pelo vírus HIV.
O Plano Global contra a Tuberculose está inserido na aliança "Paremos a tuberculose agora", integrada por 400 organizações que buscam erradicar a enfermidade, que em 2005 causou 1,8 milhão de mortes.
"É um plano que maximizará os efeitos das contribuições atuais e, ao mesmo tempo, vai a desenvolver e introduzir novos remédios e vacinas", disse à EFE o médico dominicano Marcos Espinal, secretário-executivo da aliança.
Espinal acredita que essa iniciativa global permitirá "ampliar maciçamente os tratamentos contra a resistência produzida pelos medicamentos atuais no tratamento da doença e proporcionará fármacos (específicos) a pacientes que têm tuberculose e HIV ao mesmo tempo".
Atualmente, o tratamento contra a tuberculose dura seis meses, mas em cerca de 300 mil casos por ano encontra-se resistência à aplicação de tratamentos com múltiplos medicamentos.
"Se não obtivermos novos recursos, não poderemos iniciar esse plano", disse Espinal, que acrescentou que "nem todo o dinheiro tem de vir dos (países) doadores, as nações nas quais se registra essa doença também têm de aumentar suas contribuições para seus sistemas de saúde".
O doutor Espinal lembrou que a tuberculose é endêmica em vários países da América Latina, como o Brasil, Peru, República Dominicana, Honduras, México, Bolívia, Haiti e Equador.
"A iniciativa também beneficiará aos países latino-americanos porque a doença será combatida nos cinco continentes", precisou o especialista dominicano.
Há 2 bilhões de pessoas no mundo infectadas com o bacilo que causa a tuberculose e, a cada ano, a doença atinge mais 9 milhões de infectados.
"Trata-se de uma epidemia devastadora que devia ter sido erradicada há muito tempo", acrescentou Espinal, enquanto Brown lembrou que "a cada 15 segundos morre uma pessoa infectada por tuberculose" no mundo.
O plano tem um custo previsto de US$ 56 bilhões de dólares durante a próxima década, sendo US$ 47 bilhões para controlar a doença e os US$ 9 bilhões restantes para pesquisas.
Brown, que participa dos debates do Fórum Econômico Mundial, disse que para alcançar esse objetivo são necessários fundos de US$ 31 bilhões e acrescentou que, durante a próxima reunião de ministros de Economia e Finanças do Grupo dos Oito (G8) em Moscou, pedirá que a criação desses fundos seja incluída na agenda do grupo.
"Alguns dizem não ser possível obter esses recursos, mas eu digo que sim, para o G8 é possível", acrescentou Brown, que afirmou que "2006 tem de ser o ano em que se passará dos compromissos à ação", em referência às decisões adotadas pelo G8 em 2005 para duplicar os fundos em prol dos países mais pobres.
A primeira contribuição a essa iniciativa global veio do presidente da Microsoft, Bill Gates, que hoje anunciou em Davos que triplicará as contribuições da fundação que leva seu nome para a luta contra a tuberculose, que passarão dos atuais US$ 300 milhões anuais para US$ 900 milhões em 2015.
Obasanjo ressaltou que a implementação desse plano é de grande importância para a África e para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU, que fixa 2015 como ano-limite para acabar com doenças como a tuberculose.
Em 2005, houve 46 países que declararam estado de emergência por tuberculose, uma doença que foi erradicada nos países desenvolvidos, mas que nos mais pobres causa 5 mil mortes diárias e, além disso, afeta pessoas que também estão contaminadas pelo vírus HIV.
O Plano Global contra a Tuberculose está inserido na aliança "Paremos a tuberculose agora", integrada por 400 organizações que buscam erradicar a enfermidade, que em 2005 causou 1,8 milhão de mortes.
"É um plano que maximizará os efeitos das contribuições atuais e, ao mesmo tempo, vai a desenvolver e introduzir novos remédios e vacinas", disse à EFE o médico dominicano Marcos Espinal, secretário-executivo da aliança.
Espinal acredita que essa iniciativa global permitirá "ampliar maciçamente os tratamentos contra a resistência produzida pelos medicamentos atuais no tratamento da doença e proporcionará fármacos (específicos) a pacientes que têm tuberculose e HIV ao mesmo tempo".
Atualmente, o tratamento contra a tuberculose dura seis meses, mas em cerca de 300 mil casos por ano encontra-se resistência à aplicação de tratamentos com múltiplos medicamentos.
"Se não obtivermos novos recursos, não poderemos iniciar esse plano", disse Espinal, que acrescentou que "nem todo o dinheiro tem de vir dos (países) doadores, as nações nas quais se registra essa doença também têm de aumentar suas contribuições para seus sistemas de saúde".
O doutor Espinal lembrou que a tuberculose é endêmica em vários países da América Latina, como o Brasil, Peru, República Dominicana, Honduras, México, Bolívia, Haiti e Equador.
"A iniciativa também beneficiará aos países latino-americanos porque a doença será combatida nos cinco continentes", precisou o especialista dominicano.
Há 2 bilhões de pessoas no mundo infectadas com o bacilo que causa a tuberculose e, a cada ano, a doença atinge mais 9 milhões de infectados.
"Trata-se de uma epidemia devastadora que devia ter sido erradicada há muito tempo", acrescentou Espinal, enquanto Brown lembrou que "a cada 15 segundos morre uma pessoa infectada por tuberculose" no mundo.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322198/visualizar/
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