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Álcool pressiona e IPCA-15 acelera para 0,51% em janeiro, diz IBGE
A alta do preço do álcool pressionou a inflação de janeiro e levou o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15) a uma taxa de 0,51%, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro, o indicador havia registrado alta de 0,38%.
O repasse da alta do combustível nas distribuidoras levou o álcool a passar de 1,09% em dezembro para 9,22% em janeiro. O item representou o maior impacto individual na taxa de inflação deste mês, de 0,10 ponto percentual.
A gasolina, que tem em sua composição 25% de álcool, acompanhou o movimento e ficou 0,59% mais cara, após uma taxa de 0,04% em dezembro. O governo chegou a fechar um acordo com os produtores de álcool para evitar que a entressafra e a maior demanda em razão do aumento de veículos bicombustíveis se traduzissem em aumento do preço nas bombas. Pesquisas de coleta de preços mostram que o acordo ainda não surtiu efeito para o consumidor.
A continuidade da alta dos alimentos, que passaram de 0,40% em dezembro para 0,41% em janeiro, também contribuiu de forma significativa para a formação da taxa deste mês. Houve desaceleração de preços de carnes (de 0,30% para -1,31%) e de frango (de 0,58% para -2,82%).
Após alta expressiva em dezembro, os produtos in natura recuaram no início do ano: tomate (de 37,44% para -16,25%) e cebola (de 15,10% para -10,24%). Em compensação, o arroz (de 0,63% para 3,51%) e o feijão preto (de 4,08% para 9,22%) apresentaram alta refletindo a menor oferta.
O reajuste de tarifas de ônibus urbanos em Belo Horizonte, de 12,5%, e em Brasília, de 21,05%, fez com que as passagens ficassem mais caras (de 0,48% para 0,68%).
Os planos de saúde representaram uma pressão adicional para a taxa de inflação do início do ano. O índice captou a diferença entre o reajuste que vinha sendo praticado e o que foi autorizado pela Justiça nos contratos antigos (anteriores a 1999) de determinadas operadoras em algumas regiões. Com esse impacto, a variação do item plano de saúde, que mensalmente ficava em torno de 1% subiu para 1,89%.
Segundo o IBGE, a partir de fevereiro o item voltará aos níveis dos últimos meses após absorver o reajuste autorizado.
Os valores pagos a empregados domésticos também subiram e passaram de 0,65% para 1,15%.
A eliminação do encargo de capacidade emergencial das contas de energia elétrica levou o item a apresentar deflação de 0,52%. A cobrança do encargo de capacidade começou a ser feita a partir de fevereiro de 2002 com o objetivo de cobrir o risco eventual de desabastecimento de energia.
Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Belo Horizonte (1,07%) em razão do aumento da tarifa de ônibus urbano. O menor índice ficou com a região metropolitana de Recife (0,08%). São Paulo registrou alta de 0,26% e o Rio de Janeiro, de 0,70%.
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (Índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença entre os indicadores é a data de coleta de preços. Os preços do índice deste mês foram coletados entre os dias 14 de dezembro a 13 de janeiro.
O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
O repasse da alta do combustível nas distribuidoras levou o álcool a passar de 1,09% em dezembro para 9,22% em janeiro. O item representou o maior impacto individual na taxa de inflação deste mês, de 0,10 ponto percentual.
A gasolina, que tem em sua composição 25% de álcool, acompanhou o movimento e ficou 0,59% mais cara, após uma taxa de 0,04% em dezembro. O governo chegou a fechar um acordo com os produtores de álcool para evitar que a entressafra e a maior demanda em razão do aumento de veículos bicombustíveis se traduzissem em aumento do preço nas bombas. Pesquisas de coleta de preços mostram que o acordo ainda não surtiu efeito para o consumidor.
A continuidade da alta dos alimentos, que passaram de 0,40% em dezembro para 0,41% em janeiro, também contribuiu de forma significativa para a formação da taxa deste mês. Houve desaceleração de preços de carnes (de 0,30% para -1,31%) e de frango (de 0,58% para -2,82%).
Após alta expressiva em dezembro, os produtos in natura recuaram no início do ano: tomate (de 37,44% para -16,25%) e cebola (de 15,10% para -10,24%). Em compensação, o arroz (de 0,63% para 3,51%) e o feijão preto (de 4,08% para 9,22%) apresentaram alta refletindo a menor oferta.
O reajuste de tarifas de ônibus urbanos em Belo Horizonte, de 12,5%, e em Brasília, de 21,05%, fez com que as passagens ficassem mais caras (de 0,48% para 0,68%).
Os planos de saúde representaram uma pressão adicional para a taxa de inflação do início do ano. O índice captou a diferença entre o reajuste que vinha sendo praticado e o que foi autorizado pela Justiça nos contratos antigos (anteriores a 1999) de determinadas operadoras em algumas regiões. Com esse impacto, a variação do item plano de saúde, que mensalmente ficava em torno de 1% subiu para 1,89%.
Segundo o IBGE, a partir de fevereiro o item voltará aos níveis dos últimos meses após absorver o reajuste autorizado.
Os valores pagos a empregados domésticos também subiram e passaram de 0,65% para 1,15%.
A eliminação do encargo de capacidade emergencial das contas de energia elétrica levou o item a apresentar deflação de 0,52%. A cobrança do encargo de capacidade começou a ser feita a partir de fevereiro de 2002 com o objetivo de cobrir o risco eventual de desabastecimento de energia.
Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Belo Horizonte (1,07%) em razão do aumento da tarifa de ônibus urbano. O menor índice ficou com a região metropolitana de Recife (0,08%). São Paulo registrou alta de 0,26% e o Rio de Janeiro, de 0,70%.
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (Índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença entre os indicadores é a data de coleta de preços. Os preços do índice deste mês foram coletados entre os dias 14 de dezembro a 13 de janeiro.
O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
Fonte:
Folha Online
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