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Assocon quer ampliar engorda intensiva em 10% ao ano
Num momento em que a discussão sobre o impacto da abertura de novas áreas para pecuária bovina ganha força no Brasil, um grupo de criadores - confinadores de gado - se reúne para retomar o funcionamento da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). A iniciativa de retomar a associação, criada originalmente na década de 80, é de um grupo de 10 pecuaristas de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, encabeçado pelo criador Ricardo Merola.
Segundo Merola, que preside a associação, o confinamento ainda tem muito espaço para crescer no Brasil, já que hoje responde por apenas 5% a 6% do abate formal no país, que é de 40 milhões de cabeças de gado por ano. Nos Estados Unidos, de acordo com Merola, 95% dos animais que vão para abate são confinados.
"Será preciso ampliar o confinamento pela exigência do mercado e pela falta de terra", defende Ricardo Merola. "Vamos ter de crescer a taxas de 10% ao ano", acrescenta o pecuarista. Atualmente, estima-se que existam 2 milhões a 2,5 milhões de bois criados em regime de confinamento no Brasil. Durante períodos de 60 a 120 dias, esses animais são confinados e alimentados com silagem de milho, capim, sorgo ou farelo de soja.
Merola explica que o confinamento diminui a pressão por abertura de novas áreas de pastagens, o que é necessário no caso de criação extensiva dos animais. Pelos cálculos da Assocon, enquanto na pecuária extensiva um boi ocupa um hectare, no confinamento essa relação é de 50 bois para cada hectare.
Fábio Dias, diretor-executivo da Assocon, observa ainda que o confinamento reduz o tempo de abate dos animais. Se na pecuária extensiva, o boi demora três anos para atingir a idade de abate, o período cai para 24 meses no caso dos confinados, o que significa ganho de produtividade.
O grupo de 10 produtores que está reiniciando a Assocon é responsável pela produção de 180 mil cabeças de gado do total de animais confinados que vai para o abate no Brasil. A meta da Assocon é ampliar o número de associados e atingir um volume de 380 mil cabeças este ano. "Em cinco anos, um milhão de cabeças [dos animais confinados que vão para abate no país] deve vir dos associados da Assocon", prevê.
Segundo Merola, as propriedades dos sócios da Assocon receberão um selo de qualidade, mas para isso terão de seguir regras que estão sendo definidas. Elas incluem desde o manejo do gado até as condições de trabalho dos empregados no confinamento.
Além da exigência de que todos os animais sejam rastreados, as regras do manejo incluirão padronização de alimentos. A comida dada aos bois terá de passar por análise periódica, e os medicamentos utilizados terão de ser referendados pela indústria veterinária, informa Merola.
Na questão do trabalho, só receberão o selo os confinamentos que comprovarem condições apropriadas para os empregados e que não utilizam trabalho infantil. Os estabelecimentos serão auditados por empresas de certificação.
Segundo Fábio Dias, a associação também servirá como pool de compra de insumos - para reduzir custos - e de venda de animais - para melhorar o poder de negociação. "Venderemos e compraremos em bloco", afirma.
Segundo Merola, que preside a associação, o confinamento ainda tem muito espaço para crescer no Brasil, já que hoje responde por apenas 5% a 6% do abate formal no país, que é de 40 milhões de cabeças de gado por ano. Nos Estados Unidos, de acordo com Merola, 95% dos animais que vão para abate são confinados.
"Será preciso ampliar o confinamento pela exigência do mercado e pela falta de terra", defende Ricardo Merola. "Vamos ter de crescer a taxas de 10% ao ano", acrescenta o pecuarista. Atualmente, estima-se que existam 2 milhões a 2,5 milhões de bois criados em regime de confinamento no Brasil. Durante períodos de 60 a 120 dias, esses animais são confinados e alimentados com silagem de milho, capim, sorgo ou farelo de soja.
Merola explica que o confinamento diminui a pressão por abertura de novas áreas de pastagens, o que é necessário no caso de criação extensiva dos animais. Pelos cálculos da Assocon, enquanto na pecuária extensiva um boi ocupa um hectare, no confinamento essa relação é de 50 bois para cada hectare.
Fábio Dias, diretor-executivo da Assocon, observa ainda que o confinamento reduz o tempo de abate dos animais. Se na pecuária extensiva, o boi demora três anos para atingir a idade de abate, o período cai para 24 meses no caso dos confinados, o que significa ganho de produtividade.
O grupo de 10 produtores que está reiniciando a Assocon é responsável pela produção de 180 mil cabeças de gado do total de animais confinados que vai para o abate no Brasil. A meta da Assocon é ampliar o número de associados e atingir um volume de 380 mil cabeças este ano. "Em cinco anos, um milhão de cabeças [dos animais confinados que vão para abate no país] deve vir dos associados da Assocon", prevê.
Segundo Merola, as propriedades dos sócios da Assocon receberão um selo de qualidade, mas para isso terão de seguir regras que estão sendo definidas. Elas incluem desde o manejo do gado até as condições de trabalho dos empregados no confinamento.
Além da exigência de que todos os animais sejam rastreados, as regras do manejo incluirão padronização de alimentos. A comida dada aos bois terá de passar por análise periódica, e os medicamentos utilizados terão de ser referendados pela indústria veterinária, informa Merola.
Na questão do trabalho, só receberão o selo os confinamentos que comprovarem condições apropriadas para os empregados e que não utilizam trabalho infantil. Os estabelecimentos serão auditados por empresas de certificação.
Segundo Fábio Dias, a associação também servirá como pool de compra de insumos - para reduzir custos - e de venda de animais - para melhorar o poder de negociação. "Venderemos e compraremos em bloco", afirma.
Fonte:
Valor Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322274/visualizar/
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