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Internacional
Quinta - 26 de Janeiro de 2006 às 15:42

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O exército americano libertou nesta quinta-feira 419 presos iraquianos, entre eles cinco mulheres, uma decisão que poderia facilitar a libertação de uma jornalista americana seqüestrada em 7 de janeiro em Bagdá. Os captores da jornalista Jill Carroll ameaçaram matá-la se as prisioneiras no Iraque não fossem libertadas dentro de "72 horas", havia anunciado no dia 17 de janeiro a rede de televisão Al-Jazeera ao divulgar um vídeo da refém.

Não houve nenhuma notícia sobre o destino da jornalista de 28 anos desde então, mas os apelos por sua libertação multiplicaram no Iraque e no exterior.

O ministério iraquiano da Justiça em Bagdá afirmou na quarta-feira que as libertações nada tinham a ver com a exigência dos seqüestradores e explicou que a decisão havia sido tomada por uma comissão formada por membros da Força Multinacional e dos ministérios iraquianos da Justiça, do Interior e dos Direitos Humanos após o estudo das fichas de cada detento. O exército americano confirmou essas declarações.

Os prisioneiros são libertados quando a comissão constata que não estão envolvidos em violências contra a Força Multinacional, as forças de segurança ou os civis iraquianos.

O ministro iraquiano da Indústria, Oussama al-Najafi, escapou ileso nesta quinta-feira de um atentado no qual morreram três de seus guardas. Um quarto ficou ferido. Um artefato explodiu na passagem do comboio ministerial ao norte de Balad, 70 km ao norte da capital, informou um membro do gabinete do ministro.

No total, nove pessoas morreram nesta quinta-feira em vários ataques no Iraque, segundo fontes de segurança. Além disso, os contatos para a formação de um governo iraquiano começaram, um mês e meio após as eleições legislativas, e a missão da ONU no Iraque se prontificou para ajudar a levar adiante essas negociações.

"Temos uma certa experiência em aproximar os pontos de vista", declarou Achraf Qazi, representante especial do secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Qazi, que se expressava ante a imprensa na quarta-feira, disse que sua organização havia sido solicitada por partidos políticos e diferentes personalidades para "desempenhar um papel construtivo" na fase atual no Iraque.

A busca de um governo de união, apoiada pelos Estados Unidos, promete ser complicada, dado as divergências entre os diferentes protagonistas do jogo político iraquiano.

Por exemplo, o líder sunita Saleh al-Motlak declarou ter insistido sobre a rejeição do federalismo em conversa com o poderoso líder xiita Abdel Aziz Hakim.

"Insistimos na necessidade, antes da formação do governo, de renunciar ao federalismo", declarou Motlak, cuja Frente de Diálogo Nacional ganhou 11 cadeiras de um total de 275 no Parlamento.

Os xiitas pregam a idéia de uma região autônoma nas zonas de maioria xiita localizadas ao sul de Bagdá, depois da aprovação por referendo de uma Constituição destacando o caráter federal do Iraque. A lista xiita conservadora de Hakim conquistou 128 cadeiras no Parlamento e deve se associar a outras listas para formar um governo.




Fonte: AFP

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