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Comandante Regional admite que é contra a Polícia Comunitária
O novo comandante do IV Comando Regional Sul, coronel Adaildon Evaristo de Moraes Costa, assumiu um assunto que deverá se transformar em polêmica dentro da corporação: se manifestou contra a existência da Polícia Comunitária, um dos projetos prioritários da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, avalizado pelo governador Blairo Maggi. Ou, pelo menos, do modelo que está implantado hoje. "Policiamento estático, policiamento fixo, é improdutivo" – disse o oficial. Adailton assumiu o cargo com o remanejamento anual de comando, proposto pelo Governo como método de oxigenação da corporação.
Adailton disse que acompanhou o policiamento comunitário, e num primeiro momento aparenta ser “show de bola”, mas, logo vêm os problemas: “Você tem cerca de 5, 10 e até 20 policiais dentro de uma companhia fazendo o quê?" - questiona o oficial. E vai além: "Só para dizer que é comunitário? Dentro do quartel, dentro da instalação, dentro de uma base? Policiamento aquartelado é para o Exército, a Marinha e para a Aeronáutica. Polícia Militar é fazendo policiamento ostensivo, preventivo. Onde faz isso? Na rua" - explica.
"Eu sou contra esse tipo de policiamento, estático e improdutivo. Ele só tem uma finalidade: buscar recurso no Governo Federal para aquisição de viaturas e construção de instalação, e ainda explorar a comunidade na construção de obras caras, que não dão garantias de policiamento naquela região. No primeiro momento, existe até um impacto positivo. Depois não há, porque o policial se acomoda e a companhia acaba virando um local de tomar cafezinho, com o policial ficando parado, sentado 24 horas. Assim ele não vai atender a sua comunidade. Eu defendo o policiamento móvel, com viaturas modernas, meios de comunicação modernos, polícia com poder de fogo e mobilidade, e acima de tudo, capacidade técnico/policial, para dominar e controlar os índices de criminalidade" - explica o comandante.
O oficial continuou justificando suas críticas. “Então é muito fácil o bairro onde está instalada a companhia está satisfeito, mas nas circunvizinhanças, o problema é outro”. Ele disse que vai manter as companhias de Polícia Comunitária, mas adota outro termo: "Polícia Cidadã". E explica que o termo Polícia Comunitária está obsoleto e que em nível de Brasil e de mundo, o termo usado agora é polícia cidadã. "Aquela Polícia voltada para o cidadão e não apenas à comunidade. Atendendo-o em sua necessidade pessoal. Nas CPCs vão estar um ou dois homens no máximo, para atender a comunidade. Os demais estarão nas ruas, fazendo policiamento motorizado, dando pronta resposta à comunidade na sua demanda de segurança pública".
Na avaliação do coronel, o fato do policial estar indo e vindo constantemente à sua base, faz com que ao final de 12 horas de serviço, ele acabe realizando efetivamente apenas metade das horas de serviço, e isso é improdutivo. "Segundo o novo modelo, o policial vai estar dentro de viaturas, fazendo policiamento preventivo e ao mesmo tempo ostensivo. Vai ouvir o cidadão e deixar o marginal, o criminoso inquieto, sem saber ao certo onde a polícia vai estar no momento seguinte, mas sabendo que pode encontrá-la a qualquer momento".
A promessa do comandante é disponibilizar a PM de tal forma, que possa atender uma ocorrência em no máximo três minutos após o acionamento via 190. Dependendo do grau e da potencialidade da ocorrência, designar uma viatura a cada dois minutos, ou seja: atendimento em três minutos, reforço em cinco e mais reforço em no máximo sete minutos. Em menos de dez minutos pelo menos três viaturas estarão dando suporte à ocorrência.
Posteriormente, caso haja necessidade e diante de uma situação limite, novas viaturas irão em socorro, já efetuando o cerco na área da ocorrência, evitando e fechando eventuais rotas de fuga dos meliantes. Mas para isso, segundo o coronel, vai precisar da colaboração da comunidade, no repasse das características dos envolvidos, através do repasse de informações como: cor da roupa, cor do veículo, placa, tipo de veículo, etc. "Sem essas informações, às vezes o marginal passa ao lado da polícia e ela não consegue identificá-lo" - pondera.
Adailton disse que acompanhou o policiamento comunitário, e num primeiro momento aparenta ser “show de bola”, mas, logo vêm os problemas: “Você tem cerca de 5, 10 e até 20 policiais dentro de uma companhia fazendo o quê?" - questiona o oficial. E vai além: "Só para dizer que é comunitário? Dentro do quartel, dentro da instalação, dentro de uma base? Policiamento aquartelado é para o Exército, a Marinha e para a Aeronáutica. Polícia Militar é fazendo policiamento ostensivo, preventivo. Onde faz isso? Na rua" - explica.
"Eu sou contra esse tipo de policiamento, estático e improdutivo. Ele só tem uma finalidade: buscar recurso no Governo Federal para aquisição de viaturas e construção de instalação, e ainda explorar a comunidade na construção de obras caras, que não dão garantias de policiamento naquela região. No primeiro momento, existe até um impacto positivo. Depois não há, porque o policial se acomoda e a companhia acaba virando um local de tomar cafezinho, com o policial ficando parado, sentado 24 horas. Assim ele não vai atender a sua comunidade. Eu defendo o policiamento móvel, com viaturas modernas, meios de comunicação modernos, polícia com poder de fogo e mobilidade, e acima de tudo, capacidade técnico/policial, para dominar e controlar os índices de criminalidade" - explica o comandante.
O oficial continuou justificando suas críticas. “Então é muito fácil o bairro onde está instalada a companhia está satisfeito, mas nas circunvizinhanças, o problema é outro”. Ele disse que vai manter as companhias de Polícia Comunitária, mas adota outro termo: "Polícia Cidadã". E explica que o termo Polícia Comunitária está obsoleto e que em nível de Brasil e de mundo, o termo usado agora é polícia cidadã. "Aquela Polícia voltada para o cidadão e não apenas à comunidade. Atendendo-o em sua necessidade pessoal. Nas CPCs vão estar um ou dois homens no máximo, para atender a comunidade. Os demais estarão nas ruas, fazendo policiamento motorizado, dando pronta resposta à comunidade na sua demanda de segurança pública".
Na avaliação do coronel, o fato do policial estar indo e vindo constantemente à sua base, faz com que ao final de 12 horas de serviço, ele acabe realizando efetivamente apenas metade das horas de serviço, e isso é improdutivo. "Segundo o novo modelo, o policial vai estar dentro de viaturas, fazendo policiamento preventivo e ao mesmo tempo ostensivo. Vai ouvir o cidadão e deixar o marginal, o criminoso inquieto, sem saber ao certo onde a polícia vai estar no momento seguinte, mas sabendo que pode encontrá-la a qualquer momento".
A promessa do comandante é disponibilizar a PM de tal forma, que possa atender uma ocorrência em no máximo três minutos após o acionamento via 190. Dependendo do grau e da potencialidade da ocorrência, designar uma viatura a cada dois minutos, ou seja: atendimento em três minutos, reforço em cinco e mais reforço em no máximo sete minutos. Em menos de dez minutos pelo menos três viaturas estarão dando suporte à ocorrência.
Posteriormente, caso haja necessidade e diante de uma situação limite, novas viaturas irão em socorro, já efetuando o cerco na área da ocorrência, evitando e fechando eventuais rotas de fuga dos meliantes. Mas para isso, segundo o coronel, vai precisar da colaboração da comunidade, no repasse das características dos envolvidos, através do repasse de informações como: cor da roupa, cor do veículo, placa, tipo de veículo, etc. "Sem essas informações, às vezes o marginal passa ao lado da polícia e ela não consegue identificá-lo" - pondera.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322519/visualizar/
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