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Nacional
Quarta - 25 de Janeiro de 2006 às 18:15

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O deputado Pedro Canedo (PP-GO) negou na reabertura da sessão do Conselho de Ética na tarde desta quarta-feira que tenha sofrido pressão para mudar seu voto sobre o pedido de cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG). Há rumores de que o PP estaria participando de um acordo com o PFL para livrar Brant da cassação. Isso abriria um precedente para que os quatro deputados do PP que estão na berlinda também se livrassem.

A confusão começou quando o deputado Nelson Trad (PMDB-MS), relator do processo, contou que Pedro Canedo (PP-GO) ligou muito nervoso dizendo que o PP o estava pressionando para mudar seu voto, que seria pela aprovação da cassação. A maioria dos deputados defendeu a suspensão da votação por ser uma situação inédita.

Mais tarde, Canedo minimizou: "recebi sim um telefonema apenas como orientação. Não sofri pressão, apenas sugestão do partido, o que eu acho totalmente normal", disse o deputado, que não revelou seu voto. Canedo teria revelado também, informou a Globonews, que se reuniu com os líderes do partido e eles teriam permitido que ele vote a favor do relatório sem uma punição. Nelson Trad não se manifestou. O presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), garantiu que o relatório será votado ainda hoje. Izar informou que entrará em contato com Canedo para pedir mais explicações. "Não aceitamos nenhum tipo de pressão e nem qualquer acordo", disse Izar. "Eu acho e entendo que o PFL nem o PP fizeram um 'acordão'. Isso seria uma degradação, um ato de certa forma canalha", disse Trad. O líder do PFL, Rodrigo Maia, também negou as acusações e disse que cada parlamentar tem liberdade para votar como quiser. Para Edmar Moreira (PFL-MG), "se Canedo está negando tudo agora a nós, membros do Conselho de Ética, então fomos vítima de um trote".

Roberto Brant enfrenta processo por ter sido citado no relatório preliminar das comissões parlamentares mistas de inquérito dos Correios e do Mensalão (já encerrada) como beneficiário de recursos da SMP&B, empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza. O publicitário mineiro é apontado como um dos operadores do suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada.




Fonte: Terra

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