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Nacional
Quarta - 25 de Janeiro de 2006 às 18:04

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Pela primeira vez desde que anunciou sua pré-candidatura a Presidente da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), elogiou publicamente a administração do prefeito José Serra, seu companheiro de partido.

Os dois devem disputar a indicação do PSDB para a oficilização do candidato peessedebista ao Palácio do Planalto. O "elogio" pode ser visto como uma estratégia de Alckmin, já que o grande problema de Serra para a disputa é a de deixar o cargo de prefeito dois anos e meio antes do fim de seu mandato.

"O prefeito tem feito uma administração exemplar nesta cidade e a população paulistana ganhou muito desde a sua posse", disse Alckmin, em discurso no Páteo do Colégio, local de fundação da cidade.

Os dois participaram de três eventos juntos nesta quarta-feira: uma missa solene na Catedral da Sé, um ato cívico no Páteo do Colégio, onde foram depositadas flores junto ao monumento de fundação da cidade, e uma visita ao Teatro Municipal.

Nos últimos dias Serra tem se mostrado incomodado - ainda que não publicamente - com o fato de o governador ter se antecipado e lançado o seu nome como pré-candidato.

José Serra não quer fazer isso neste momento temendo um desgaste com a população, já que está no cargo de prefeito há apenas um ano. Se for oficializada a sua pré-candidatura, ele terá de renunciar ao cargo, passando a prefeitura para as mãos de Gilberto Kassab (PFL), atual vice-prefeito.

Serra e Alckmin se encontraram pela primeira vez por volta das 10h, em uma missa solene na Catedral da Sé. Na primeira fila, além dos dois, estavam as primeiras-damas Lu Alckmin e Mônica Serra, o vice-governador Cláudio Lembo e o vice-prefeito Gilberto Kassab.

O governador de São Paulo foi responsável pela primeira leitura e o prefeito pela segunda. Já em seus lugares, os dois acompanharam o sermão do cardeal-arcebispo de São Paulo D. Cláudio Hummes, que fez um discurso em defesa dos moradores de rua da cidade.

O arcebispo lembrou no aniversário da cidade que cerca de 10 mil pessoas vivem sem um teto em São Paulo e que é preciso resgatar esses moradores da rua.

Hummes também lembrou do caso da chacina de sete moradores de rua em 2004, que até hoje está sem solução.

O prefeito José Serra diz que a prefeitura têm participado de projetos de inclusão social, mas admite que precisa ser feito mais.

"Não vi isso como uma crítica, mas como uma vontade de que as coisas aconteçam mais rápido. Trabalhamos em parceria e sabemos que a igreja tem um trabalho exemplar nesse setor."

Depois da missa, ambos seguiram para o Páteo do Colégio, onde depositaram flores no monumento de fundação da cidade.

O percurso entre a igreja da Sé e o Páteo do Colégio foi feito à pé, com manifestação de apoio aos dois por parte da população.

Do Páteo do Colégio até o Teatro Municipal, governador e prefeito fizeram o trajeto em um trólebus turístico. Devido ao forte calor, Serra aproveitou para chupar um sorvete.

No Teatro Municipal, o prefeito anunciou a criação de um novo espaço público em São Paulo, a praça das Artes, na região central. O decreto foi assinado hoje.

A praça vai revitalizar parte da avenida São João e da rua Conselheiro Crispiniano.




Fonte: Terra

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