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Bollywood volta às grandes telas do Paquistão após 40 anos
Pela primeira vez em 40 anos, um filme de Bollywood será projetado em uma grande tela do Paquistão, um país onde os muitos fãs do cinema indiano tiveram que se contentar até agora com DVDs e vídeos "piratas".
Por ordem do Governo paquistanês e após uma longa batalha judicial, o Diretório Censor de Filmes autorizou a exibição de "Sohni Mahiwal", um filme indiano de 1984 que narra uma história de amor no Punjab, território dividido entre a Índia e Paquistão desde sua independência.
Os distribuidores de cinema no Paquistão pediram insistentemente permissão para exibir os populares filmes musicais produzidos do outro lado da fronteira, proibidos desde a guerra da Caxemira de 1965, em tempos do repressivo regime do general Ziaul Haq.
É reivindicado em grande parte pela queda de qualidade dos filmes do chamado "Lollywood", com base em Lahore (leste do Paquistão), e a paulatina redução das salas de exibição em todo o país, de 1.400 nos anos 80 para as atuais 150.
A decisão de autorizar a projeção de "Sohni Mahiwal", co-produzida com dinheiro russo, é uma exceção que segue a uma resolução judicial e não significa "uma carta branca" para Bollywood, disse hoje à EFE o presidente do órgão censor, Ziauddin.
"Uma nova política oficial sobre este assunto levará bastante tempo antes de se materializar e dependerá do progresso no frágil processo de paz entre Índia e Paquistão", assinalou o responsável de censura.
No entanto, o presidente da Associação de Produtores de Filmes do Paquistão, Saeed Rizvi, considerou que pode preludiar a paulatina legalização dos filmes indianos neste país.
Até agora, os paquistaneses tiveram que se conformar em ver os filmes indianos em vídeos e DVDs "piratas", entre os quais foi muito popular a cena nupcial da atriz Aishwarya Rai em "Hum Dil De Chuke Sanam", reproduzida em muitos casamentos neste país.
Também o têm feito através da televisão privada por cabo, que inclui canais indianos, apesar de uma recente proibição por parte das autoridades, que está sendo violada de forma flagrante.
Enquanto isso, a indústria cinematográfica paquistanesa foi diminuindo pouco a pouco.
Em Lahore, outrora capital cultural do Paquistão, só permanecem 12 das 65 salas de cinema que havia nos anos 80, pois a maioria foi transformada em shoppings.
"Sohni Mahiwal" será projetado em Lahore e Karachi (sul do Paquistão), onde seus habitantes estão ávidos pelo cinema produzido em Mumbai (oeste da Índia), uma indústria que com quase mil filmes por ano é a maior do mundo, à frente de Hollywood.
A receita de seu êxito é quase sempre a mesma: muitas canções populares com música pegajosa, danças corais, um amor que desafia as barreiras e um casal de protagonistas bonitos que consegue enfeitiçar o público.
Até agora, o Governo paquistanês resistiu em suspender seu veto a Bollywood por temer "indianizar" seu país, mas o certo é que os filmes indianos são os mais populares da região, desde o Afeganistão até Bangladesh.
Agora está para ver se um filme produzido há mais de 20 anos pode se transformar em um grande êxito, como assinalou Jamshed Zafar, presidente da Associação de Produtores de Filmes.
"Talvez possa ter sido um êxito no passado, mas na atualidade as pessoas têm acesso aos filmes indianos através do vídeo e nos canais de televisão indianos", asseverou.
Mas o presidente da Associação de Produtores de Filmes opinou que deveria ser autorizada a projeção de filmes indianos pois isso "está vinculado à própria sobrevivência da indústria cinematográfica paquistanesa; facilitar a colaboração com Bollywood é a única e a melhor opção se quisermos reviver nosso cinema".
Os distribuidores de cinema no Paquistão pediram insistentemente permissão para exibir os populares filmes musicais produzidos do outro lado da fronteira, proibidos desde a guerra da Caxemira de 1965, em tempos do repressivo regime do general Ziaul Haq.
É reivindicado em grande parte pela queda de qualidade dos filmes do chamado "Lollywood", com base em Lahore (leste do Paquistão), e a paulatina redução das salas de exibição em todo o país, de 1.400 nos anos 80 para as atuais 150.
A decisão de autorizar a projeção de "Sohni Mahiwal", co-produzida com dinheiro russo, é uma exceção que segue a uma resolução judicial e não significa "uma carta branca" para Bollywood, disse hoje à EFE o presidente do órgão censor, Ziauddin.
"Uma nova política oficial sobre este assunto levará bastante tempo antes de se materializar e dependerá do progresso no frágil processo de paz entre Índia e Paquistão", assinalou o responsável de censura.
No entanto, o presidente da Associação de Produtores de Filmes do Paquistão, Saeed Rizvi, considerou que pode preludiar a paulatina legalização dos filmes indianos neste país.
Até agora, os paquistaneses tiveram que se conformar em ver os filmes indianos em vídeos e DVDs "piratas", entre os quais foi muito popular a cena nupcial da atriz Aishwarya Rai em "Hum Dil De Chuke Sanam", reproduzida em muitos casamentos neste país.
Também o têm feito através da televisão privada por cabo, que inclui canais indianos, apesar de uma recente proibição por parte das autoridades, que está sendo violada de forma flagrante.
Enquanto isso, a indústria cinematográfica paquistanesa foi diminuindo pouco a pouco.
Em Lahore, outrora capital cultural do Paquistão, só permanecem 12 das 65 salas de cinema que havia nos anos 80, pois a maioria foi transformada em shoppings.
"Sohni Mahiwal" será projetado em Lahore e Karachi (sul do Paquistão), onde seus habitantes estão ávidos pelo cinema produzido em Mumbai (oeste da Índia), uma indústria que com quase mil filmes por ano é a maior do mundo, à frente de Hollywood.
A receita de seu êxito é quase sempre a mesma: muitas canções populares com música pegajosa, danças corais, um amor que desafia as barreiras e um casal de protagonistas bonitos que consegue enfeitiçar o público.
Até agora, o Governo paquistanês resistiu em suspender seu veto a Bollywood por temer "indianizar" seu país, mas o certo é que os filmes indianos são os mais populares da região, desde o Afeganistão até Bangladesh.
Agora está para ver se um filme produzido há mais de 20 anos pode se transformar em um grande êxito, como assinalou Jamshed Zafar, presidente da Associação de Produtores de Filmes.
"Talvez possa ter sido um êxito no passado, mas na atualidade as pessoas têm acesso aos filmes indianos através do vídeo e nos canais de televisão indianos", asseverou.
Mas o presidente da Associação de Produtores de Filmes opinou que deveria ser autorizada a projeção de filmes indianos pois isso "está vinculado à própria sobrevivência da indústria cinematográfica paquistanesa; facilitar a colaboração com Bollywood é a única e a melhor opção se quisermos reviver nosso cinema".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322723/visualizar/
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