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Internacional
Quarta - 25 de Janeiro de 2006 às 08:17

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Alguns eleitores também deverão votar em Jerusalém Oriental, o que acabou sendo permitido por Israel após uma longa polêmica.

A eleição está sendo realizada em meio a um forte esquema de segurança, que envolve 13 mil policiais palestinos.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu que as pessoas votem e deu ordens para que as forças de segurança evitem episódios violentos.

"Este grande dia será de significado histórico, um passo decisivo na estrada para a liberdade e a independência", afirmou Abbas.

As semanas que antecederam a eleição foram marcadas pela violência, mas grupos militantes prometeram manter a paz no dia da votação, que vinha sendo adiada repetidas vezes desde 1996.

Hamas

O partido governista Fatah enfrenta a concorrência do grupo militante islâmico Hamas, cuja participação em eleições era até então inédita. O grupo aparecia nas pesquisas de opinião de voto com uma pequena desvantagem em relação ao Fatah.

O primeiro-ministro em exercício de Israel, Ehud Olmert, enalteceu as eleições, mas fez um apelo aos palestinos para que não elejam "extremistas", em uma referência ao grupo.

A participação dos militantes é vista com preocupação por Israel, Estados Unidos e União Européia, que consideram o Hamas uma organização terrorista responsável pelas mortes de civis.

Israel e Estados Unidos já indicaram que não se relacionarão com um governo que incluir membros do Hamas.

Entusiasmo

Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém James Reynolds, há grande entusiamo entre os eleitores para escolher um novo Parlamento após a longa espera.

Muitos, diz o correspondente, dizem que querem punir com o seu voto o Fatah, que vêem como corrupto e ineficente.

O Hamas, por sua vez, diz que deixou de lado a sua aversão ao Parlamento palestino para ter a chance de converter o seu apoio popular em uma força política formalmente constituída.

O correspondente da BBC diz que isso pode ser um sinal de que o grupo tenha se tornado mais pragmático, mas não que pretenda abandonar as suas armas.

O Hamas não reconhece Israel como Estado e já lançou centenas de ataques contra israelenses em Israel e nos territórios ocupados.





Fonte: BBC Brasil

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