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Palestinos vão às urnas amanhã em eleições cruciais
Mais de 1,3 milhão de palestinos podem ir às urnas amanhã para escolher os 132 deputados do Conselho Legislativo (Parlamento), em eleições que medirão, pela primeira vez, a força política do movimento islâmico Hamas.
No total são 1.341.000 palestinos registrados no último censo eleitoral, encerrado em agosto de 2005.
A Comissão Central Eleitoral informou que os mais de mil colégios serão abertos às 7h horas (3h de Brasília) e fechados 12 horas depois, quando começará a apuração nos próprios locais de votação.
As primeiras pesquisas de boca-de-urna serão divulgadas logo depois do fechamento das urnas, mas os primeiros resultados oficiais só sairão na manhã seguinte.
Esta é a segunda vez que a população palestina elege seus deputados. A primeira foi em 1996, dois anos depois da criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Naquela ocasião, os palestinos elegeram Yasser Arafat presidente da ANP. Desta vez, o pleito não incluirá a escolha do presidente, pois esta foi feita nas eleições de janeiro do ano passado, uma vez que Arafat falecera em novembro de 2004.
Outra diferença é que, em 1996, os palestinos elegeram 88 deputados. Agora, o Parlamento foi ampliado e conta com 132 cadeiras. A metade delas é escolhida por sistema proporcional (listas nacionais) e a outra, por sistema majoritário (voto direto no candidato por distrito eleitoral).
Cerca de 300 candidatos que concorrem nas listas nacionais, enquanto 440 disputam o pleito nos distritos. Do total, 21 candidatos se encontram em prisões israelenses, entre os quais se destaca o líder da lista do Fatah, Marwan Barghouthi, apontado por analistas como peça-chave da política palestina.
Após a reforma na lei eleitoral aprovada em junho de 2005, o movimento Fatah agiu para garantir seu poder, diante do crescimento da popularidade dos grupos islâmicos radicais, sobretudo o Hamas, que disputa agora as primeiras eleições nacionais de sua história.
Antes da reforma eleitoral, o processo era regulamentado pelo sistema majoritário, baseado na fórmula clássica na qual o vencedor do distrito (são 11 na Cisjordânia e cinco na Faixa de Gaza) levava tudo.
Agora, com duas cédulas, nenhum voto é perdido, já que o sistema proporcional estabelece mecanismos de correção que permitem uma divisão mais representativa das cadeiras, ao destinar a metade delas à lista nacional.
Mesmo se o Hamas acabar não participando do próximo Governo da ANP, as pesquisas apontam que o movimento islâmico obterá um bom resultado nas urnas.
Recente pesquisa do Centro de Opinião Palestino indica uma votação de aproximadamente 29% para o Hamas. Mas o grupo também mostrou sua popularidade com grandes comícios em Gaza. O Fatah, de acordo com a mesma pesquisa, teria cerca de 39% dos votos.
Entretanto, a eleição do primeiro-ministro não depende da porcentagem de votos, mas do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.
Abbas disse publicamente na semana passada que entregará o poder ao partido majoritário. No entanto, nos últimos dias parte da imprensa disse que os Estados Unidos e o Egito propuseram à ANP a eleição ex-ministro das Finanças Salam Fayyad.
Fayyad, que é ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) e assumiu a pasta de Finanças em 2002, à qual renunciou para disputar as eleições, é visto pelo Ocidente como um candidato idôneo para governar, devido à sua suposta transparência administrativa.
Em resposta às informações, a ANP rejeitou qualquer intromissão na formação do Governo escolhido nas eleições legislativas palestinas.
"Rejeitamos totalmente qualquer intervenção desse tipo na vida democrática palestina", afirmou o negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat, em declarações à emissora "A voz da Palestina".
Erekat acrescentou que "a equação é muito simples: quem ganha as eleições tem o direito a formar o gabinete. Portanto, dizer que o Hamas formará ou não formará o Governo é uma intervenção inaceitável".
O negociador-chefe palestino se mostrou convencido de que a votação transcorrerá sem problemas, pois o povo e as forças de segurança palestinas se encarregarão de proteger e cuidar de todo o processo eleitoral.
A Comissão Central Eleitoral informou que os mais de mil colégios serão abertos às 7h horas (3h de Brasília) e fechados 12 horas depois, quando começará a apuração nos próprios locais de votação.
As primeiras pesquisas de boca-de-urna serão divulgadas logo depois do fechamento das urnas, mas os primeiros resultados oficiais só sairão na manhã seguinte.
Esta é a segunda vez que a população palestina elege seus deputados. A primeira foi em 1996, dois anos depois da criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Naquela ocasião, os palestinos elegeram Yasser Arafat presidente da ANP. Desta vez, o pleito não incluirá a escolha do presidente, pois esta foi feita nas eleições de janeiro do ano passado, uma vez que Arafat falecera em novembro de 2004.
Outra diferença é que, em 1996, os palestinos elegeram 88 deputados. Agora, o Parlamento foi ampliado e conta com 132 cadeiras. A metade delas é escolhida por sistema proporcional (listas nacionais) e a outra, por sistema majoritário (voto direto no candidato por distrito eleitoral).
Cerca de 300 candidatos que concorrem nas listas nacionais, enquanto 440 disputam o pleito nos distritos. Do total, 21 candidatos se encontram em prisões israelenses, entre os quais se destaca o líder da lista do Fatah, Marwan Barghouthi, apontado por analistas como peça-chave da política palestina.
Após a reforma na lei eleitoral aprovada em junho de 2005, o movimento Fatah agiu para garantir seu poder, diante do crescimento da popularidade dos grupos islâmicos radicais, sobretudo o Hamas, que disputa agora as primeiras eleições nacionais de sua história.
Antes da reforma eleitoral, o processo era regulamentado pelo sistema majoritário, baseado na fórmula clássica na qual o vencedor do distrito (são 11 na Cisjordânia e cinco na Faixa de Gaza) levava tudo.
Agora, com duas cédulas, nenhum voto é perdido, já que o sistema proporcional estabelece mecanismos de correção que permitem uma divisão mais representativa das cadeiras, ao destinar a metade delas à lista nacional.
Mesmo se o Hamas acabar não participando do próximo Governo da ANP, as pesquisas apontam que o movimento islâmico obterá um bom resultado nas urnas.
Recente pesquisa do Centro de Opinião Palestino indica uma votação de aproximadamente 29% para o Hamas. Mas o grupo também mostrou sua popularidade com grandes comícios em Gaza. O Fatah, de acordo com a mesma pesquisa, teria cerca de 39% dos votos.
Entretanto, a eleição do primeiro-ministro não depende da porcentagem de votos, mas do presidente da ANP, Mahmoud Abbas.
Abbas disse publicamente na semana passada que entregará o poder ao partido majoritário. No entanto, nos últimos dias parte da imprensa disse que os Estados Unidos e o Egito propuseram à ANP a eleição ex-ministro das Finanças Salam Fayyad.
Fayyad, que é ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) e assumiu a pasta de Finanças em 2002, à qual renunciou para disputar as eleições, é visto pelo Ocidente como um candidato idôneo para governar, devido à sua suposta transparência administrativa.
Em resposta às informações, a ANP rejeitou qualquer intromissão na formação do Governo escolhido nas eleições legislativas palestinas.
"Rejeitamos totalmente qualquer intervenção desse tipo na vida democrática palestina", afirmou o negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat, em declarações à emissora "A voz da Palestina".
Erekat acrescentou que "a equação é muito simples: quem ganha as eleições tem o direito a formar o gabinete. Portanto, dizer que o Hamas formará ou não formará o Governo é uma intervenção inaceitável".
O negociador-chefe palestino se mostrou convencido de que a votação transcorrerá sem problemas, pois o povo e as forças de segurança palestinas se encarregarão de proteger e cuidar de todo o processo eleitoral.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322819/visualizar/
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