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Canadá começa a assimilar eleição de um Governo conservador
O Canadá começou a assimilar os resultados das eleições desta segunda-feira, marcadas pelo retorno ao poder dos conservadores, e os vencedores anunciam mudanças na política nacional e internacional em relação ao Governo anterior, liberal.
A maquinaria da transição de poder entre liberais e conservadores começou a funcionar poucas horas depois de o até agora primeiro-ministro, o liberal Paul Martin, ter aceitado sua derrota, por volta da meia-noite (3h de Brasília).
Hoje, a Governadora Geral do país - que atua como chefe de Estado representando a rainha da Inglaterra - informou que Martin a comunicou hoje de manhã a intenção de renunciar ao cargo de primeiro-ministro do país.
Com 99,9% dos votos apurados, os resultados oficiais dão 124 cadeiras de deputados ao Partido Conservador de Stephen Harper, 103 ao Partido Liberal do primeiro-ministro interino, Paul Martin, 51 ao separatista Bloco Quebequense, 29 ao social-democrata NDP e uma para um independente.
Harper se reunirá nos próximos dias com Martin para a transferência de poder. Pouco depois, a Governadora Geral Michaelle Jean comandará o ato protocolar para que o líder conservador possa formar seu Governo.
A partir daí, o Canadá terá um dos primeiros-ministros mais jovens da história do país e um dos poucos governantes vindos do oeste canadense, fatores que representam mudanças.
Algumas dessas transformações anunciadas e, principalmente, o medo de que a agenda de Governo do Partido Conservador caísse nas mãos dos setores mais extremistas do partido são os fatores que tinham impedido a direita de voltar ao poder desde 1993, quando perdeu as eleições.
Por isso, o jornal mais influente do país, o diário de centro-direita The Globe and Mail, afirmou hoje que os que temeram durante anos um Governo conservador podem se tranqüilizar agora, pois "não é um crime ser conservador".
"Inclusive no Canadá. Harper não está liderando um Exército de hunos ao Parlamento. Realmente, há muitas coisas a comemorar com esta vitória", disse o jornal.
Para a publicação, a vitória apertada de Harper permitirá que seja solucionada parte da marginalização do oeste canadense, especialmente nos últimos anos, desde que a província de Alberta - de onde vem o núcleo do novo Partido Conservador - se transformou no motor econômico do país.
De acordo com o jornal, a presença de Harper em Ottawa (capital do país) também promete o fortalecimento militar, a melhora das relações com os Estados Unidos e a regeneração ética da política nacional, sacudida pela onda de escândalos dos últimos anos de Governo liberal.
O The Globe and Mail também lembrou que "os canadenses não apoiaram o neoconservadorismo quando elegeram Harper ontem à noite".
"Votaram contra o Partido Liberal, que tinha se tornado convencido e arrogante", acrescentou a publicação.
O mais esquerdista Toronto Star, o jornal de maior circulação do país, também destacou hoje que, diante da pequena margem de diferença entre conservadores e liberais, os canadenses votaram em "uma mudança de natureza muito cautelosa".
Segundo o jornal, "Harper e seus conservadores terão de dirigir um Parlamento que é relativamente progressista, dada a forte representação dos liberais, do Bloco Quebequense e dos Novos Democratas (social-democratas)".
Harper não deve ter problemas para realizar sua prometida redução do imposto sobre o valor agregado e outras reformas econômicas.
No entanto, o futuro primeiro-ministro terá mais dificuldades para conseguir que o novo Parlamento aprove outros assuntos de sua agenda, como colocar os casamentos homossexuais de volta à ilegalidade e a integração do Canadá no escudo "antimísseis" promovido por Washington.
Hoje, a Governadora Geral do país - que atua como chefe de Estado representando a rainha da Inglaterra - informou que Martin a comunicou hoje de manhã a intenção de renunciar ao cargo de primeiro-ministro do país.
Com 99,9% dos votos apurados, os resultados oficiais dão 124 cadeiras de deputados ao Partido Conservador de Stephen Harper, 103 ao Partido Liberal do primeiro-ministro interino, Paul Martin, 51 ao separatista Bloco Quebequense, 29 ao social-democrata NDP e uma para um independente.
Harper se reunirá nos próximos dias com Martin para a transferência de poder. Pouco depois, a Governadora Geral Michaelle Jean comandará o ato protocolar para que o líder conservador possa formar seu Governo.
A partir daí, o Canadá terá um dos primeiros-ministros mais jovens da história do país e um dos poucos governantes vindos do oeste canadense, fatores que representam mudanças.
Algumas dessas transformações anunciadas e, principalmente, o medo de que a agenda de Governo do Partido Conservador caísse nas mãos dos setores mais extremistas do partido são os fatores que tinham impedido a direita de voltar ao poder desde 1993, quando perdeu as eleições.
Por isso, o jornal mais influente do país, o diário de centro-direita The Globe and Mail, afirmou hoje que os que temeram durante anos um Governo conservador podem se tranqüilizar agora, pois "não é um crime ser conservador".
"Inclusive no Canadá. Harper não está liderando um Exército de hunos ao Parlamento. Realmente, há muitas coisas a comemorar com esta vitória", disse o jornal.
Para a publicação, a vitória apertada de Harper permitirá que seja solucionada parte da marginalização do oeste canadense, especialmente nos últimos anos, desde que a província de Alberta - de onde vem o núcleo do novo Partido Conservador - se transformou no motor econômico do país.
De acordo com o jornal, a presença de Harper em Ottawa (capital do país) também promete o fortalecimento militar, a melhora das relações com os Estados Unidos e a regeneração ética da política nacional, sacudida pela onda de escândalos dos últimos anos de Governo liberal.
O The Globe and Mail também lembrou que "os canadenses não apoiaram o neoconservadorismo quando elegeram Harper ontem à noite".
"Votaram contra o Partido Liberal, que tinha se tornado convencido e arrogante", acrescentou a publicação.
O mais esquerdista Toronto Star, o jornal de maior circulação do país, também destacou hoje que, diante da pequena margem de diferença entre conservadores e liberais, os canadenses votaram em "uma mudança de natureza muito cautelosa".
Segundo o jornal, "Harper e seus conservadores terão de dirigir um Parlamento que é relativamente progressista, dada a forte representação dos liberais, do Bloco Quebequense e dos Novos Democratas (social-democratas)".
Harper não deve ter problemas para realizar sua prometida redução do imposto sobre o valor agregado e outras reformas econômicas.
No entanto, o futuro primeiro-ministro terá mais dificuldades para conseguir que o novo Parlamento aprove outros assuntos de sua agenda, como colocar os casamentos homossexuais de volta à ilegalidade e a integração do Canadá no escudo "antimísseis" promovido por Washington.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/322849/visualizar/
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