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Nacional
Terça - 24 de Janeiro de 2006 às 18:05

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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que percebe que há confiança no Brasil e que "não existe possibilidade de o País não dar certo". Segundo ele, essa avaliação positiva se deve não apenas ao fato de a democracia estar consolidada mas também porque a economia "vive um momento auspicioso", em que há uma conjugação de fatores positivos, como nunca antes ocorreu na história do Brasil. É essa situação positiva que, segundo ele, permitiu ao governo decidir antecipar o pagamento ao FMI. "E isso aconteceu sem bravatas. Hoje, eu peço a Deus que não tenhamos de voltar ao FMI. Mas, se precisar, vou de cabeça erguida. Mas vamos trabalhar para não precisar mais", afirmou Lula.

O presidente disse ainda, em defesa da política econômica, que o combate à inflação visa defender a camada mais pobre da população. "Tem gente que fica irritada porque a gente fala de inflação. Mas combater a inflação significa defender os que ganham menos e não os que ganham mais", afirmou.

"O Brasil é um País em

que vale a pena investir" Lula falou em solenidade de lançamento do projeto de construção da Variante Litorânea Sul da ferrovia Centro-Atlântica, no Espírito Santo. Segundo ele "o Brasil é um País em que vale a pena investir". Para Lula, o País está ganhando uma nova face com os investimentos em infra-estrutura que têm sido realizados, embora o presidente tenha reconhecido que esses investimentos não ocorrem na velocidade desejada.

Em seu discurso, Lula citou uma série de investimentos em ferrovias que estão fazendo a participação nesse meio de transporte aumentar depois de um período longo de queda nos anos anteriores ao seu governo. "Ampliamos em quatro vezes as linhas construídas em 18 anos", disse.

O presidente, mais uma vez, defendeu a operação tapa-buracos realizada nas estradas. "Todos os dias, tinha gente criticando as rodovias. Agora, criticam o governo porque está tapando buracos. Qualquer pessoa que chegar ao Brasil e ouvir essa discussão não vai entender nada", disse Lula.



"Brigas entre empreiteiras prejudicam investimentos em

infra-estrutura" O presidente Lula afirmou ainda que as brigas entre grupos econômicos para realização de obras de infra-estrutura prejudicam a realização desses investimentos. Ele citou como exemplo as obras das rodovias Transpantaneiras e também da BR 101. Neste último caso, o presidente lembrou que colocou o batalhão de engenharia do Exército para fazer parte das obras por causa das brigas entre empreiteiras.

"Quanto mais gente envolvida, têm muito mais problemas do que solução", disse Lula. Em seguida, ele disse que chegou muitas vezes a pensar em reestatizar algumas ferrovias. "Sabe de uma coisa, ninguém se entende mesmo", lamentou.

O presidente não deixou claro o que quis dizer com reestatizar e também não deixou claro por que fez referência às ferrovias num momento em que falava sobre rodovias. z




Fonte: Agência Estado

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