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Polícia Brasil
Terça - 24 de Janeiro de 2006 às 14:46
Por: Adilson Rosa

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Cinco pessoas – sendo quatro mulheres e um homem – se juntaram aos presos do setor de triagem da Penitenciária Regional de Pascoal Ramos e se recusam a sair. Eles se infiltraram entre os presos no domingo à tarde, durante o horário de visitas e, desde então, recusam-se a deixar as celas. Como não estão sofrendo violência dos detentos, a Superintendência do Sistema Prisional nega que sejam reféns.

São familiares de presos e estão fazendo um protesto de forma diferente. Eles exigem transferências de alguns presos e querem a análise processual de outros sentenciados. Alegam que possuem penas vencidas e que não há defensor público para acompanhar os casos. As mulheres são esposas de detentos e o homem é irmão de um dos presos.

Inicialmente são pedidas transferências para as Cadeias Públicas de Cáceres, Diamantino, Tangará da Serra e Arenópolis. Eles alegam que possuem famílias nessas cidades e querem ficar mais próximos dos parentes.

O coronel Gilson Farid, integrante do comitê de gerenciamento de crises, disse que a ordem é negociar para que essas pessoas saiam das celas. Lembrou que elas estão cometendo um crime, pois acabam atrapalhando o sistema prisional. Para forçar a saída deles, o sistema prisional não enviará água e comida, mas os agentes prisionais acreditam que a medida será inócua, pois os presos vão dividir os alimentos como eles.

O comandante do Comando de Policiamento Especializado explicou que os “intrusos” foram localizados ainda no domingo à tarde. A princípio, foi pedido que se retirassem, mas se recusaram. “Como não negociamos durante a noite, transferimos para hoje (ontem) os nossos trabalhos”, completou.

Os cinco invasores não chegaram a um acordo para sair e as negociações continuam hoje de manhã. As mulheres não aceitaram a proposta de transferir os presos hoje – elas queriam que isso ocorresse ainda ontem, o que não foi possível. Todas elas são esposas de presos e estão infiltradas desde domingo à tarde, após se recusarem a sair com o fim do horário de visita. A estratégia delas foi de negociar a transferência dos maridos para outras unidades prisionais.

Segundo o comandante do Comando Regional de Polícia Especializado, coronel Gilson Farid, houve um impasse nas negociações porque as mulheres não esperaram que as transferências ocorressem no dia seguinte. “Dentro das possibilidades estaremos fazendo as transferências”, informou Farid, que é integrante do comitê de gerenciamento de crise.




Fonte: Diário de Cuiabá

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