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Internacional
Terça - 24 de Janeiro de 2006 às 09:33

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Jerusalém - O estado de saúde do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, era mais grave do que seus médicos e assessores tinham informado desde que sofreu seu primeiro derrame cerebral, em 18 de dezembro.

Segundo dados aos quais teve acesso o jornal Haaretz, além do problema cardíaco congênito que foi detectado em Sharon após o derrame de 18 de dezembro, o primeiro-ministro já padecia na época de transtornos cardíacos e cerebrais que os médicos mantiveram em segredo.

Atualmente, Sharon se encontra em situação estável dentro do estado de coma em que está após os dois derrames cerebrais e a hemorragia em massa do último dia 4, o que levou à transferência das funções de chefe do governo para o até então vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert.

Em princípio, após o pequeno acidente cerebral de 18 de dezembro, os médicos se limitaram a indicar que Sharon tinha um pequeno orifício de natureza congênita no septo, uma fina membrana que serve para dividir as cavidades do coração. No entanto, o jornal indica que naquele momento já se sabia que o estado de saúde de Sharon era muito mais grave do que se comentava, já que apresentava um quadro de aneurisma no septo, que pode ter sido a fonte da hemorragia cerebral que o levou a seu estado atual.

Além disso, Sharon padecia de outros graves transtornos de coração, como uma espécie de desvio pelo qual o sangue fluía na direção errada (da direita para a esquerda), o que é muito perigoso e pode causar riscos adicionais de coágulos sanguíneos que eventualmente afetam ao cérebro.

Uma porta-voz do hospital Hadasah de Jerusalém, onde Sharon permanece internado, minimizou a informação do Haaretz, afirmando que não há nada novo. "Tudo o que o jornal diz já foi comentado na entrevista coletiva", quando se informou sobre a existência do septo, disse a porta-voz.




Fonte: EFE

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