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Malária 'se desenvolve no sistema imunológico'
Pesquisadores franceses afirmam que o protozoário que causa a malária consegue se desenvolver nos gânglios linfáticos do sistema imunológico – uma descoberta que pode ajudar a desenvolver vacinas mais eficientes para combater a doença.
Os cientistas do Instituto Pasteur de Paris dizem que o achado foi inesperado e mostra o grau de complexidade a que pode chegar uma infecção de malária.
Já se sabia que os plasmódios, quando ainda imaturos, viajam, através dos vasos sangüíneos, para o fígado de uma pessoa que contraiu a doença. Até agora, pensava-se que o fígado era o único lugar onde o parasita conseguiria se desenvolver.
Mas o estudo, publicado no site da revista científica Nature, descobriu que alguns parasitas invadem vasos do sistema imunológico, terminando em gânglios linfáticos que ficam nas proximidades de onde o doente levou a picada do mosquito.
Para os autores da pesquisa, a descoberta pode ajudar a desenvolver novos remédios, uma vez que plasmódios poderiam ser combatidos antes de se desenvolverem no fígado.
Parasitas brilhantes
Eles inocularam mosquitos com plasmódios fluorescentes e os fizeram picar um rato.
Para cada picada do mosquito, em média 20 parasitas brilhantes ficaram na pele do animal.
Os cientistas observaram como eles se moviam pela pele do rato em alta velocidade e em circuitos aleatórias.
Depois disso, boa parte dos protozoários invadiu vasos sangüíneos do animal, a caminho do fígado.
Mas 25% deles invadiram vasos do sistema imunológico por meio dos quais flui a linfa, o líquido derivado do sangue que transporta os glóbulos brancos.
Eles acabaram então em gânglios linfáticos, pequenos órgãos entre os vasos linfáticos que servem para filtrar a linfa.
A jornada pareceu terminar por lá mesmo, segundo os cientistas, pois os plasmódios não foram vistos em gânglios posteriores.
Sistema imunológico
Quatro horas depois da picada do mosquito, muitos dos parasitas presentes nos gânglios linfáticos haviam se degradado, e outros pareciam estar sendo combatidos pelas células do sistema imunológico.
Mas alguns deles escaparam deste destino e começaram a se desenvolver da forma normalmente observada no fígado.
Mas, 52 horas depois da picada, nenhum plasmódio permanecia nos gânglios, o que parece indicar que o protozoário não consegue se desenvolver totalmente lá.
O chefe da pesquisa, Robert Ménard, observou que somente os parasitas totalmente desenvolvidos conseguem infectar os glóbulos vermelhos e causar a malária, e por isso os que se acumulam nos gânglios linfáticos provavelmente não contribuem para o surgimento dos sintomas da doença.
Mas ele disse que mesmo parasitas parcialmente desenvolvidos ou até destruídos podem afetar significativamente a forma como o sistema imunológico responde à infecção.
Os cientistas do Instituto Pasteur de Paris dizem que o achado foi inesperado e mostra o grau de complexidade a que pode chegar uma infecção de malária.
Já se sabia que os plasmódios, quando ainda imaturos, viajam, através dos vasos sangüíneos, para o fígado de uma pessoa que contraiu a doença. Até agora, pensava-se que o fígado era o único lugar onde o parasita conseguiria se desenvolver.
Mas o estudo, publicado no site da revista científica Nature, descobriu que alguns parasitas invadem vasos do sistema imunológico, terminando em gânglios linfáticos que ficam nas proximidades de onde o doente levou a picada do mosquito.
Para os autores da pesquisa, a descoberta pode ajudar a desenvolver novos remédios, uma vez que plasmódios poderiam ser combatidos antes de se desenvolverem no fígado.
Parasitas brilhantes
Eles inocularam mosquitos com plasmódios fluorescentes e os fizeram picar um rato.
Para cada picada do mosquito, em média 20 parasitas brilhantes ficaram na pele do animal.
Os cientistas observaram como eles se moviam pela pele do rato em alta velocidade e em circuitos aleatórias.
Depois disso, boa parte dos protozoários invadiu vasos sangüíneos do animal, a caminho do fígado.
Mas 25% deles invadiram vasos do sistema imunológico por meio dos quais flui a linfa, o líquido derivado do sangue que transporta os glóbulos brancos.
Eles acabaram então em gânglios linfáticos, pequenos órgãos entre os vasos linfáticos que servem para filtrar a linfa.
A jornada pareceu terminar por lá mesmo, segundo os cientistas, pois os plasmódios não foram vistos em gânglios posteriores.
Sistema imunológico
Quatro horas depois da picada do mosquito, muitos dos parasitas presentes nos gânglios linfáticos haviam se degradado, e outros pareciam estar sendo combatidos pelas células do sistema imunológico.
Mas alguns deles escaparam deste destino e começaram a se desenvolver da forma normalmente observada no fígado.
Mas, 52 horas depois da picada, nenhum plasmódio permanecia nos gânglios, o que parece indicar que o protozoário não consegue se desenvolver totalmente lá.
O chefe da pesquisa, Robert Ménard, observou que somente os parasitas totalmente desenvolvidos conseguem infectar os glóbulos vermelhos e causar a malária, e por isso os que se acumulam nos gânglios linfáticos provavelmente não contribuem para o surgimento dos sintomas da doença.
Mas ele disse que mesmo parasitas parcialmente desenvolvidos ou até destruídos podem afetar significativamente a forma como o sistema imunológico responde à infecção.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/323042/visualizar/
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