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Nacional
Terça - 24 de Janeiro de 2006 às 07:53

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No atual ritmo de crescimento e distribuição de renda, o Brasil vai levar 304 anos para atingir o mesmo nível de distribuição de renda dos países ricos.

A conta foi feita em um documento apresentado nesta segunda-feira pela New Economics Foundation (NEF), uma instituição independente de pesquisa com base na Grã-Bretanha.

O trabalho também afirma que os “mais pobres” do mundo (aqueles que vivem com US$ 1 por dia) tiveram uma queda de 73% em sua participação no crescimento na última década, quando comparado à década anterior.

Os autores dizem que de cada US$ 100 de aumento da renda mundial entre 1990 e 2001, os mais pobres ficaram com apenas 60 centavos. Isso representa uma queda de 73% em relação aos US$ 2,20 ganhos durante a década de 1980 – então considerada uma década perdida.

Para os autores do NEF, os dados mostram que crescimento sozinho não gera distribuição de renda, como defendem algumas receitas econômicas ortodoxas.

"Nossa obsessão com o crescimento e a busca incessante de um sistema global que cria ainda mais dependência de crescimento nos colocou em uma estrada para a perdição", afirma David Woodward, chefe do programa do NEF e principal autor do estudo, intitulado O Crescimento não está funcionando: A distribuição desigual de custos e benefícios do crescimento econômico.

O NEF afirma também que os danos ambientais e a mudança do clima estão atingindo mais aos pobres.

Esta semana, no Fórum Econômico Mundial em Davos, encontros informais vão tentar resolver os impasses para um acordo de comércio global que poderia reduzir barreiras, ampliar o comércio e, segundo economistas, beneficiar milhões de pobres no mundo.




Fonte: BBC Brasil

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