Justiça nega permissão para Maluf viajar à França

O desembargador Higino Cinacchi Junior do Tribunal Regional Federal da 3ª Região cassou a liminar que permitia a viagem do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf e a mulher dele, Sílvia, para a França, segundo a Rádio Jovem Pan. O país é um dos seis destinos com contas ilegais atribuídas à família fora do Brasil.

A liminar foi concedida a Maluf pela juíza federal de primeira instância Sílvia Maria Rocha - a mesma que determinou a prisão de Maluf e Flávio no ano passado. Ela acatou a solicitação, mas vetou o embarque de Flávio.

A magistrada justificou a decisão baseando-se em um laudo médico, segundo o qual Sylvia está passando por uma situação de "estresse" emocional por conta da recente detenção do marido e do filho.

A decisão do desembargador foi proferida com base em recurso do procurador da República, Rodrigo de Grandis. Segundo ele, é temerário permitir que Maluf viaje para um país onde tem dinheiro bloqueado.

Paulo e Flávio Maluf ficaram 40 dias presos na carceragem da Polícia Federal, em São Paulo, e foram soltos em 20 de outubro de 2005, mediante concessão de habeas-corpus para ambos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).