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Saddam escreve livro de poesia na prisão
O ex-presidente do Iraque Saddam Hussein acaba de terminar um novo livro de poesias e "tem o moral muito alto", segundo um de seus advogados, Mohammed Salah Armuti, que se reuniu com ele em Bagdá.
Armuti, entrevistado hoje pelo diário jordaniano Alarab Alyawm, explica que "o presidente nos disse que acaba de terminar a redação de um novo livro em 28 de dezembro e que passa o tempo lendo, escrevendo e recitando o Corão".
O livro contém principalmente poesias e crônicas, explicou o advogado, decano do Colégio Jordaniano de Advogados e que está em Bagdá.
De lá explicou ao jornal que se reuniu no domingo passado durante cinco horas com Saddam, junto a um grupo de outros sete advogados árabes e não-árabes, para preparar a próxima sessão do julgamento contra ele, amanhã, terça-feira.
Saddam se queixou a seus defensores de ter sido "isolado do mundo exterior" por seus carcereiros americanos e se lamentou de não saber "o que está acontecendo fora daqui".
"No entanto, encontramos o presidente com o moral muito alto -disse Armuti-, lhe pusemos ao corrente sobre os principais assuntos do Iraque, do mundo e da região árabe, em particular da resistência (iraquiano), das pressões contra a Síria e da crise nuclear iraniano".
Em referência aos conflitos da região, Saddam disse a seus advogados que os países árabes são culpados de permitir a "ingerência" do Irã na política iraquiana e a participação do país vizinho na "ocupação" do Iraque.
"O perigo iraniano persiste, porque os iranianos guardam rancores históricos contra os países árabes e islâmicos", disse Saddam, sempre segundo a versão do advogado.
De acordo com o ditador hoje preso, foi o "perigo iraniano" o que justificou a guerra de oito anos que ele declarou em 1980 contra o vizinho persa.
Saddam também disse que "é natural que a Síria sofra pressões em troca das atitudes nacionalistas e panarabistas do presidente (Bashar) Al-Assad", segundo Armuti.
"Os Estados Unidos tem planos contra todos os estados árabes", afirmou Saddam, segundo a versão do advogado.
O livro contém principalmente poesias e crônicas, explicou o advogado, decano do Colégio Jordaniano de Advogados e que está em Bagdá.
De lá explicou ao jornal que se reuniu no domingo passado durante cinco horas com Saddam, junto a um grupo de outros sete advogados árabes e não-árabes, para preparar a próxima sessão do julgamento contra ele, amanhã, terça-feira.
Saddam se queixou a seus defensores de ter sido "isolado do mundo exterior" por seus carcereiros americanos e se lamentou de não saber "o que está acontecendo fora daqui".
"No entanto, encontramos o presidente com o moral muito alto -disse Armuti-, lhe pusemos ao corrente sobre os principais assuntos do Iraque, do mundo e da região árabe, em particular da resistência (iraquiano), das pressões contra a Síria e da crise nuclear iraniano".
Em referência aos conflitos da região, Saddam disse a seus advogados que os países árabes são culpados de permitir a "ingerência" do Irã na política iraquiana e a participação do país vizinho na "ocupação" do Iraque.
"O perigo iraniano persiste, porque os iranianos guardam rancores históricos contra os países árabes e islâmicos", disse Saddam, sempre segundo a versão do advogado.
De acordo com o ditador hoje preso, foi o "perigo iraniano" o que justificou a guerra de oito anos que ele declarou em 1980 contra o vizinho persa.
Saddam também disse que "é natural que a Síria sofra pressões em troca das atitudes nacionalistas e panarabistas do presidente (Bashar) Al-Assad", segundo Armuti.
"Os Estados Unidos tem planos contra todos os estados árabes", afirmou Saddam, segundo a versão do advogado.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/323195/visualizar/
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