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Nacional
Segunda - 23 de Janeiro de 2006 às 08:13

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O presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), informou neste domingo que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, decidiu depor à comissão na condição de convidado em data a ser definida nesta terça-feira. Morais, que já tinha agendado para esta semana a votação da convocação do ministro, declarou que foi informado do comparecimento espontâneo de Palocci sábado à noite por meio do vice-líder do PT na Câmara, deputado Tião Viana (AC).

Palocci, que já falou no Congresso sobre denúncias de supostas irregularidades referentes a sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto (SP), deverá prestar esclarecimentos na CPI a respeito de acusações envolvendo a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da qual Palocci foi um dos coordenadores. Dentre outras coisas, o titular da Fazenda terá de rebater denúncia de que o PT recebeu "doação" de R$ 3 milhões do governo cubano para o pleito de 2002.

Palocci também deverá ser questionado sobre suposto repasse de bicheiros para a campanha de Lula em troca da legalização do negócio. Em dezembro, o ministro já tinha adiantado que estaria à disposição da CPI para depor no início de 2006.

No final do ano passado, ele recusou convite para comparecer na comissão, alegando que, nos últimos dois meses, já tinha prestado esclarecimentos na Câmara em duas oportunidades e havia ido uma vez ao Senado, também com o objetivo de responder a acusações de supostas irregularidades envolvendo o governo federal e sua passagem pela prefeitura de Ribeirão.

O Ministério Público de São Paulo investiga denúncias de superfaturamento de obras e pagamento de propina naquela cidade durante a administração do petista. A comissão tem um dossiê com material recolhido pelo MP. O rol de denúncias inclui uma fita gravada com um ex-diretor da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) Augusto Pereira Filho. Na gravação, ele admite ter tido o salário "complementado" por uma empreiteira contratada durante a gestão de Palocci.

Em oportunidades anteriores, Palocci já tinha negado qualquer irregularidade em Ribeirão e na campanha de Lula. Não foram apresentadas até agora provas que o incriminem.




Fonte: Terra

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