MP quer investivar denúncia "falsa" feita pela CartaCapital contra Gilmar Mendes
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais pediu abertura de inevstigação para apurar denúncia forjada feita pela revista CartaCapital e usar documento forjado e informações falsificadas na matéria “O valerioduto abasteceu Gilmar Mendes”, na qual o convencionado mensalão mineiro é comparado ao esquema montado pelo PT. O ministro sempre negou as acusações de ter recebido R$ 185 mil de Marcos Valério e vai processar a CartaCapital.
Na reportagem, publicada em julho de 2012, CartaCapital traça um paralelo entre o mensalão de Minas e do PT e que os desvios praticados pelo PSDB seriam inclusive mais graves do que os perpetrados pelos líderes petistas no âmbito do Congresso Nacional. Sustenta a revista que os crimes deveriam ter punição similar.
O julgamento do mensalão do PT (a ação penal 470) já foi concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com a condenção da maioria dos reús, com destaque para os líderes petistas José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, além do empresário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão. O julgamento é considerado o mais importantante da histório do Supremo.
De acordo com o Conjur, para apurar o possível estelionato jornalístico, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim), Joaquim José Miranda Júnior, requisitou à Delegacia do Departamento de Falsificações e Defraudações de Belo Horizonte a instauração de inquérito policial.
A revista denúncia na reportagem que o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo teria sacado mais de R$ 100 milhões dos cofres das estatais mineiras para sua campanha e políticos e personalidades, aliadas ou não ao PSDB, teriam sido beneficiadas.
Detalhe: a polêmica lista apresentada pela revista - "com requintes esquisitos para anotações clandestinas, como registro em cartório e firmas reconhecidas - teria sido produzida por falsário que foi identificado e preso antes mesmo da publicação das reportagens. Segundo o MPMG, há erros grosseiros na listagem .
Em nota, a Superintendência de Comunicação da Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais informa que, “em 3 de dezembro de 2012, encaminhou à redação da CartaCapital um ofício para informar à Chefia de Redação da revista quanto à improcedência da informação veiculada na matéria "De volta à origem", da edição de 14 de novembro deste ano (2012)”.
O Ministério Público tem interesse especial no caso em decorrência de o "documento" pela revista conter assinatura falsificada do promotor de Justiça Adriano Estrela. Para o MP de Minas, "o alicerce da notícia é “absolutamente inidôneo” e “forjado”.
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