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Nacional
Segunda - 23 de Janeiro de 2006 às 06:57
Por: Adriana Cardoso

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São Paulo - Um dos maiores empresários brasileiros e grande crítico do atual governo, Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, acredita que nem tudo está perdido para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no que se refere à eleição deste ano. Questionado sobre a possibilidade de o petista se reeleger ao cargo nas próximas eleições, o empresário avalia que "se (o governo) continuar dessa maneira, não". "Mas ele tem muito tempo para reagir", emendou, em entrevista ao ´Show Business´, da Rede TV.

A reação de que trata Ermírio de Moraes é sobre os rumos do governo. Para ele, Lula deve ser mais enérgico para romper com "a tropa de gente ruim" com quem teve de se aliar para governar, e sustentar sua administração sobre dois pilares básicos: seriedade e honestidade. Embora tenha frisado que não deseja mal ao presidente, Antônio Ermírio não perdeu a oportunidade de dar sua alfinetada preferida em Lula: "Ele (Lula) precisa viajar menos e trabalhar mais".

A gravidade da crise política não deixou em Antônio Ermírio a marca da desesperança. Como personagem de muitas fases críticas vividas pelo País, ele pede calma aos políticos e à população. "Recomendo a todos os brasileiros, e especialmente à classe política, que tenha calma. Já passamos por períodos idênticos a esse em que tudo foi resolvido. Com calma, decência e pé no chão resolveremos o problema", disse.

Risco de chavinização - O conselho do empresário é reflexo do receio do rumo que o País pode tomar num momento de desilusão da maioria da população, especialmente por este ser um ano eleitoral. Antônio Ermírio teme que apareça no País a figura do Salvador da Pátria, "um Chávez da vida", que possa dar um rumo perigoso ao Brasil. E muita gente, segundo ele, prefere esse caminho por considerá-lo "mais fácil".

Pelas expectativas do empresário, a prosperidade vivida pelo agronegócio brasileiro deve tomar ainda mais fôlego nos próximos anos. Ele acredita que o Brasil será o grande celeiro mundial daqui a alguns anos. Nesse quesito, ele poupou o trabalho feito pelos ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) que, na opinião dele, "levam o País para frente" junto com Antonio Palocci, da Fazenda.




Fonte: Agência Estado

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