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Nacional
Sábado - 21 de Janeiro de 2006 às 22:57
Por: Antônio Carlos Garcia

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Aracaju - "Temos hoje no Brasil o custo PT: eles passaram 25 anos falando a mesma coisa e depois que assumiram não tinham projeto. E o povo paga por isso". A crítica ao governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva foi feita, hoje, em Aracaju, pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), numa palestra para mais de 200 empresários sergipanos, ao listar uma série de medidas tomadas em sua administração para reduzir a carga tributária no Estado. Segundo ele, o governo federal não abaixa a taxa de juros "por medo de desorganizar tudo e virar um caos", numa atitude que ele chamou de "provisoriedade brasileira".

Alckmin também criticou o fato de o governo federal ter pago a dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional), pois, na sua opinião, "o grande problema nosso é a dívida pública, hoje estimada em R$ 1 trilhão. Toda vez que o Copom sobe a taxa Selic, acaba dando um tiro no próprio pé". O governador paulista acha que a política econômica deve ser revista para que o Brasil possa crescer, porque até o momento só vem alcançando "vôos de galinha, aquele que sobe, mas cai rapidamente".

O governador também comentou o resultado das pesquisas do Ibope que deram uma certa vantagem ao presidente Lula, no caso de uma reeleição, e alfinetou: "Não tenho a menor preocupação com essa pesquisa. Nós temos sempre calçado as sandálias da humildade. Agora vejo que para se ter uma reeleição, precisa ter um grande governo e um grande sonho que justifique um novo mandato. Eu não vejo um grande governo e nem um sonho que justifique". E frisou que campanha só vai começar com o horário no rádio e na televisão, pois "hoje só temos um monólogo".

Embora ainda não haja uma definição no PSDB sobre o nome para disputar a presidência, Geraldo Alckmin disse que o partido está caminhando para o entendimento. "Quero ser o candidato do entendimento no partido e do desenvolvimento para a população". Reafirmou que vai continuar trabalhando para ser o candidato e frisou que, como é pré-candidato, "é óbvio que tenho de me afastar do governo no dia 31 de março".

Referindo-se mais uma vez ao PT, Alckmin disse que "não temos mais um coelho para tirar da cartola" e que a população brasileira está desiludida com a crise política no país".

Depois do encontro, Alckmin disse, animado, que iria participar do Pré-Caju - um carnaval antecipado que começou ontem e termina amanhã - e ficaria no camarote da ASBT (Associação Sergipana de Blocos com Trio), entidade promotora da festa. Amanhã, ele deve ir ao povoado Serra do Machado, no município de Ribeiropólis, a 78 quilômetros de Aracaju, para participar de inaugurações da Fundação Pedro Paes Mendonça, do empresário João Carlos Paes Mendonça, ex-dono do supermercados Bompreço.




Fonte: Agência Estado

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