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Nacional
Sábado - 21 de Janeiro de 2006 às 20:53
Por: Clarissa Oliveira

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São Paulo - O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), acusou hoje o governo Lula de promover um retrocesso na saúde pública, área em que ele foi ministro na gestão de Fernando Henrique Cardoso. Para ele, o "aperto financeiro" e a "politização têm prejudicado o avanço da saúde no Brasil".

Apesar da crítica, o pré-candidato do PSDB à presidência eximiu o atual ministro da Saúde, Saraiva Felipe, ligado ao PMDB, de responsabilidade pela atual situação. "Houve um retrocesso, na verdade, no plano federal. Não tanto pela gestão do atual ministro", afirmou, ao participar da cerimônia de abertura da exposição da Taça da Copa do Mundo, em São Paulo.

Questionado sobre se este será um tema central na eleição presidencial deste ano, Serra afirmou que a questão do emprego deverá ser prioritária, mas a saúde também deverá assumir um espaço importante nas discussões. "O tema central é emprego. Mas, sem dúvida nenhuma, a saúde é um dos temas fundamentais."

Sobre a pesquisa que o mostra em empate técnico com o presidente Lula no segundo turno, o prefeito não quis falar. "Não posso falar sobre isso, pois uma coisa puxa a outra", afirmou. Segundo o Ibope, Serra tem a preferência de 45% dos eleitores em um eventual segundo turno, enquanto Lula teria 42%.

A insistência da imprensa em obter de Serra mais comentários sobre política provocou tumulto e quase termina em briga. O prefeito chegou a ajudar uma repórter que caiu no chão a se levantar e tentou apartar um bate-boca entre outro jornalista e seguranças do evento.

Ainda sobre saúde, Serra comentou que gostaria de levar para casa a ´taça da saúde´ na prefeitura de São Paulo que, segundo ele, é a área que implica maiores dificuldades e onde os resultados são mais lentos. "Esta é a questão básica e é onde estamos concentrando o melhor do nosso trabalho".

Mais tarde, no autódromo de Interlagos, onde deu a bandeirada para as Mil Milhas de Interlagos, Serra evitou as perguntas sobre política e disse que não adiantaria dar entrevista pois a imprensa não ia querer saber sua opinião sobre a corrida de carros.




Fonte: Agência Estado

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