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Polícia Federal encontra fazenda com práticas de trabalho escravo em Mato Grosso
O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia na quinta-feira contra o proprietário e quatro funcionários da Fazenda Roncador, localizada em Querência, no norte de Mato Grosso, por manter trabalhadores em condições semelhantes à escravidão. Em 2004, cerca de 215 trabalhadores foram encontrados pela Polícia Federal em condições degradantes na Fazenda Roncador. Nos depoimentos, os trabalhadores informaram que eram mantidos na fazenda desde 1998.
Antônio Rocha Marais, Joel Pereira, Hedimilton Alves, José Nilson Alves Cabral e Pelerson Soares Penido foram denunciados pelo não cumprimento de direitos trabalhistas e pelo crime de formação de quadrilha. O promotor da comarca de Querência, Douglas Lingiardi Strachicini, pediu ainda a decretação da prisão preventiva dos denunciados. Se condenados, os denunciados poderão pegar de dois a oito anos de prisão.
O promotor explicou que a denúncia só foi oferecida agora porque primeiro o processo tramitou na Justiça Federal, para depois ser encaminhado para o Ministério Público Estadual, em novembro do ano passado. “Quem tiver oportunidade de ler os autos, pode perceber que os trabalhadores encontrados estavam em estado absolutamente degradante e lamentável”, contou o promotor.
Conforme a denúncia, Antônio Marais foi o responsável por buscar os trabalhadores, de ônibus, em outras regiões de Mato Grosso e em outros estados. Ainda pela denúncia, Joel Pereira era o gerente da fazenda, Hedimilton Alves o responsável pelo armazém da propriedade, José Cabral o responsável pelo departamento de pessoal e Pelerson Penido o proprietário da Fazenda Roncador.
O promotor relatou que apurou nos autos do inquérito que os trabalhadores na Fazenda Roncador, pertencente à Agropecuária Roncador S/A, eram levados e mantidos no local por um sistema conhecido como “Truck Sistem”. Esse sistema consiste, de acordo com o promotor Douglas, em contratar trabalhadores braçais de diversos pontos do país, fazer o transporte e deixá-los na fazenda onde há trabalho.
“Só que quando chegaram na Fazenda Roncador, muitos foram informados que já deviam o valor da passagem. Não existiam moradias e para dormir, os trabalhadores tiveram que construir barracos (sem banheiros) e colocar tábuas no chão de terra, para servir de cama”, relatou o promotor.
A denúncia do Ministério Público revelou ainda que os trabalhadores eram obrigados a comprar mantimentos no armazém situado dentro da propriedade, que vendia os produtos com preços abusivos. No armazém, disse o promotor, os trabalhadores não podiam comprar com dinheiro, mas sim marcar em cadernetas. Conforme a denúncia do MP, “no final do mês, o salário que eles recebiam sempre era menor do que o que deviam no armazém, de forma que ficavam com mais dívidas e não conseguiam ir embora da fazenda”.
Na denúncia, o promotor citou como exemplo da situação ruim em que eram mantidos os trabalhadores a água que era usada para o banho, higiene e consumo. De acordo com o promotor Douglas, a água para esses fins era proveniente de uma represa da Fazenda (conhecida como Rio Betes), de onde os animais da fazenda também bebiam.
A reportagem entrou em contato com a sede da Fazenda Roncador, em Querência, mas a funcionária que atendeu informou que o proprietário está viajando e passou outro número para contato. Ninguém atendeu o telefone no outro número informado como do escritório de Recursos Humanos da Fazenda Roncador.
Antônio Rocha Marais, Joel Pereira, Hedimilton Alves, José Nilson Alves Cabral e Pelerson Soares Penido foram denunciados pelo não cumprimento de direitos trabalhistas e pelo crime de formação de quadrilha. O promotor da comarca de Querência, Douglas Lingiardi Strachicini, pediu ainda a decretação da prisão preventiva dos denunciados. Se condenados, os denunciados poderão pegar de dois a oito anos de prisão.
O promotor explicou que a denúncia só foi oferecida agora porque primeiro o processo tramitou na Justiça Federal, para depois ser encaminhado para o Ministério Público Estadual, em novembro do ano passado. “Quem tiver oportunidade de ler os autos, pode perceber que os trabalhadores encontrados estavam em estado absolutamente degradante e lamentável”, contou o promotor.
Conforme a denúncia, Antônio Marais foi o responsável por buscar os trabalhadores, de ônibus, em outras regiões de Mato Grosso e em outros estados. Ainda pela denúncia, Joel Pereira era o gerente da fazenda, Hedimilton Alves o responsável pelo armazém da propriedade, José Cabral o responsável pelo departamento de pessoal e Pelerson Penido o proprietário da Fazenda Roncador.
O promotor relatou que apurou nos autos do inquérito que os trabalhadores na Fazenda Roncador, pertencente à Agropecuária Roncador S/A, eram levados e mantidos no local por um sistema conhecido como “Truck Sistem”. Esse sistema consiste, de acordo com o promotor Douglas, em contratar trabalhadores braçais de diversos pontos do país, fazer o transporte e deixá-los na fazenda onde há trabalho.
“Só que quando chegaram na Fazenda Roncador, muitos foram informados que já deviam o valor da passagem. Não existiam moradias e para dormir, os trabalhadores tiveram que construir barracos (sem banheiros) e colocar tábuas no chão de terra, para servir de cama”, relatou o promotor.
A denúncia do Ministério Público revelou ainda que os trabalhadores eram obrigados a comprar mantimentos no armazém situado dentro da propriedade, que vendia os produtos com preços abusivos. No armazém, disse o promotor, os trabalhadores não podiam comprar com dinheiro, mas sim marcar em cadernetas. Conforme a denúncia do MP, “no final do mês, o salário que eles recebiam sempre era menor do que o que deviam no armazém, de forma que ficavam com mais dívidas e não conseguiam ir embora da fazenda”.
Na denúncia, o promotor citou como exemplo da situação ruim em que eram mantidos os trabalhadores a água que era usada para o banho, higiene e consumo. De acordo com o promotor Douglas, a água para esses fins era proveniente de uma represa da Fazenda (conhecida como Rio Betes), de onde os animais da fazenda também bebiam.
A reportagem entrou em contato com a sede da Fazenda Roncador, em Querência, mas a funcionária que atendeu informou que o proprietário está viajando e passou outro número para contato. Ninguém atendeu o telefone no outro número informado como do escritório de Recursos Humanos da Fazenda Roncador.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/323511/visualizar/
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