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Internacional
Sexta - 20 de Janeiro de 2006 às 17:22

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Jerusalém - Centenas de pessoas assistiram, nesta sexta-feira, ao enterro do árabe-israelense Nidam Milhem, de 28 anos, na aldeia de Arara, que morreu ontem ao ser atingido pelo disparo de um policial. Vários jovens mostravam cartazes de protesto no enterro que também contou com a presença de deputados e dirigentes locais.

Durante a cerimônia, o presidente do Comitê Supremo Árabe de Acompanhamento, Hajem Abdelrahman, rejeitou os resultados da investigação da polícia israelense e acusou as forças de segurança de haver intensificado suas agressões contra os árabes de Israel.

A polícia mobilizou 2 mil agentes para reprimir possíveis distúrbios, como os registrados ontem após a morte de Milhem, quando dezenas de moradores de seu povoado apedrejaram vários carros e feriram cinco policiais.

Segundo a investigação policial, o disparo do agente foi em legítima defesa, depois que Milhem o ameaçou com uma pistola carregada, embora sua família tenha afirmado que ele foi morto a sangue-frio.

De acordo com a polícia, os agentes entraram na casa da vítima em busca de armas e droga e ele tentou escapar, mas quando chegou a uma área sem saída deu a volta e apontou a arma para os agentes que o perseguiam. Milhem já tinha passagens pela polícia por atos de violência e porte de arma.

Em 2000, a polícia israelense matou 13 árabes-israelenses no norte de Israel, onde houve uma revolta em solidariedade aos palestinos na Cisjordânia e em Gaza após o começo da Intifada de Al-Aqsa.

A morte desses 13 jovens, cidadãos de Israel, foi o divisor de águas das relações entre as autoridades israelenses e a minoria árabe que reside no Estado judeu.





Fonte: EFE

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