Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 02 de Janeiro de 2013 às 18:41
Por: Vinícius Tavares

    Imprimir


No quesito felicidade, quem mora na região Centro-Oeste só perde para a população nordestina, considerada a mais satisfeita do país. A elaboração do ranking, embora cercada de subjetividade, é revelada por pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgado em dezembro.

As razões para a melhora no "humor" do brasileiro se devem à queda da desigualdade salarial em 2012 e à forte alta da renda das famílias. O IPEA aplicou em outubro perguntas padronizadas de questionários internacionais em 3.800 domicílios e confirmou o alto grau de felicidade prevalecente no país.

O nível de satisfação na região Centro-Oeste ficou em 7,37 pontos, seguido de 7,2 pontos no Sul, 7,1 no Norte e 6,68 no Sudeste. Embora pobre, a região mais feliz do país é o Nordeste, com nota média de 7,38. Se fosse um país, o Nordeste estaria em 9º lugar no ranking global, entre a Finlândia e a Bélgica.

Intitulado 2012: Desenvolvimento Inclusivo Sustentável, o Comunicado do Ipea nº 158 revela que, numa escala de 0 a 10, os brasileiros dão, em média, nota 7,1 para suas vidas. Esse nível colocaria o país em 16º lugar entre 147 países pesquisados no Gallup World Poll, que apontava uma felicidade média de 6,8 no Brasil em 2010.

“Os padrões de vida estão mais sustentáveis do que antes, não só pelo aumento da renda individual do trabalho, mas também pela sua estabilidade”, observa Marcelo Neri, presidente do Instituto.

O bem-estar percebido em 2012 pode encontrar razões na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registra desemprego nos menores níveis da série iniciada em 2002 e rendas crescendo bem mais que o PIB per capita.

Segundo o IPEA, a renda individual média da população de 15 a 60 anos de idade subiu 4,89% de 2011 para 2012, contra taxa média de 4,35% ao ano entre 2003 e 2012. Já a desigualdade de renda domiciliar per capita cai em 2012, segundo a PME, a uma velocidade 40,5% maior que a observada de 2003 a 2011 na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), também do IBGE.

As rendas que mais crescem são as dos mais pobres e as de grupos tradicionalmente excluídos, como mulheres, negros e analfabetos. A nota média de satisfação com a vida de quem recebe mais de 10 salários mínimos é 8,4, contra 6,5 de quem vive apenas com o mínimo e 3,7 dos sem renda.

O índice de Gini fica, em 2012, em 0,522, de acordo com os dados da PME que vão até setembro. A redução dessa taxa segue a linha de queda iniciada na década de 1990. De 2003 a 2011, o índice caiu em média 1,2% ao ano. Entre o ano passado e este, de outubro a outubro, a queda está registrada em 1,69%.

"A desigualdade continua caindo, e a permanência desse movimento é um componente fundamental para avaliarmos o crescimento, apesar da crise financeira mundial e do baixo crescimento do PIB", explica Neri.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/32359/visualizar/