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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 19 de Janeiro de 2006 às 23:13

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A Casa Branca descartou hoje qualquer negociação com a rede terrorista Al Qaeda, em resposta à gravação do líder da organização terrorista, Osama bin Laden, que ameaçou cometer novos ataques, mas ofereceu uma trégua aos Estados Unidos. "Nós não negociamos com terroristas, nós os colocamos fora de circulação", afirmou em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.

"Os líderes da Al Qaeda estão em fuga, mas nós não vamos ceder.

Continuaremos atacando-os e acabaremos vencendo", afirmou o porta-voz presidencial.

Acrescentou que "os terroristas começaram esta guerra e o presidente deixou claro que a acabaremos no local e no momento que escolhermos. Seguimos perseguindo todos aqueles que querem atacar os cidadãos americanos".

A CIA (agência de inteligência americana) considerou a fita autêntica. "Após uma análise técnica, acreditamos que a voz na gravação seja a de Osama bin Laden", disse um funcionário da CIA, que falou sob a condição de que seu anonimato fosse mantido.

O presidente George W. Bush estava em Sterling, na Virgínia, para fazer um discurso sobre o desempenho da economia na hora da transmissão da fita, e foi informado sobre o conteúdo da gravação ao voltar do evento, disse McClellan.

O porta-voz afirmou que Bin Laden e o resto dos dirigentes da Al Qaeda se encontram "sob enorme pressão".

"Lembrem quando eles pediram que os iraquianos não votassem nas eleições e o que acabou acontecendo", pois oito milhões de pessoas foram às urnas, disse.

McClellan destacou a suposta situação de fraqueza de Bin Laden, mas afirmou que os terroristas podem voltar a atacar em território americano. "Tivemos sorte por isso não ter acontecido".

"Temos que fazer tudo o que estiver a nosso alcance" e "agir em todos os campos para nos impormos", afirmou o porta-voz. "Estamos ganhando e apoiando a democracia e a paz no Oriente Médio", acrescentou McClellan, na primeira reação do Governo americano à fita.

De acordo com a gravação transmitida pela Al Jazira, Bin Laden disse que o povo americano veria em sua "própria casa" as operações que "estão em preparação" e que seriam similares "às explosões cometidas nas importantes capitais européias da aliança agressora" de forças no Iraque.

Apesar da ameaça, o dissidente saudita admitiu a possibilidade de não perpetrar os atentados nos EUA. "Não temos impedimentos em cumprir uma trégua de longo prazo com requisitos justos", pois "somos uma nação de Deus, que nos proibiu de trair".

Segundo Bin Laden, um cessar-fogo "beneficiaria ambas as partes com segurança e estabilidade, e serviria para reconstruir o Iraque e o Afeganistão, que foram destruídos pela guerra".

Se a voz em questão for mesmo a de Bin Laden, esta terá sido a primeira vez em que líder da Al Qaeda divulga uma gravação em mais de um ano.

A fita foi divulgada menos de uma semana após um ataque aéreo americano contra a aldeia de Damadola, no nordeste do Paquistão, que tinha como alvo o "número dois" da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri.

Ao todo, 18 pessoas, entre elas mulheres e crianças, segundo as autoridades paquistanesas, morreram no ataque com míssil, mas aparentemente Al-Zawahri não estava entre elas.

Poderiam ter morrido, segundo a imprensa americana, outros dirigentes da Al Qaeda, como seu principal especialista em explosivos, Midhat Mursi, por cuja captura o FBI (polícia federal americana) oferece US$ 5 milhões.




Fonte: EFE

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